As políticas públicas de ações afirmativas foram criadas no intuito de aumentar o número de pardos e negros nas Universidades do Brasil, não obstante, o critério de avaliação de cor do indivíduo em uma sociedade altamente miscigenada torna-se um problema. No Brasil é possível identificar externamente uma pessoa com fenótipo caucasiano, no entanto, com as avanços da ciência, é possível identificar no indivíduo, via exames de análise de DNA, uma origem étnica distinta da apresentada por seu fenótipo, muitas vezes com um alto percentual de origem étnica diferente ao fenótipo expresso. Exemplo: Indivíduo fenotipicamente branco mas com percentual étnica africana de 70% em seu DNA. Apesar do êxito na ascensão ao acesso dos pardos e negros nas Universidades, conforme dados divulgados pelo MEC (pardos 2,2% para 11% e negros 2,8% para 8,8%), esta ação afirmativa não aumenta a efetividade do sistema educacional e ainda intensifica outros problemas: analfabetismo funcional e a “Guerra de Minorias”, como já dizia Nelson Rodrigues. Conforme pesquisa divulgada pela UCB (Universidade Católica de Brasília), cerca de 50% dos universitários possuem dificuldades em contas básicas de matemática e problemas com interpretação de textos. Atualmente há discussões no meio universitário e legislativo quanto a ações afirmativas de reserva de vagas a determinadas etnias nas vagas de emprego da iniciativa privada, o que, sobretudo, restringirá a liberdade individual do Empregador na contratação de um profissional junto ao mercado de trabalho. No meio deste caos ideológico, as ações afirmativas não conseguiram atacar diretamente a origem do problema educacional. Para isso é necessário importar ideias que deram certo. O ganhador do Premio Nobel de Economia Milton Friedman propõe um projeto simples, a utilização de “voucher” para a camada da população mais pobre. Através do “voucher” o aluno terá acesso às melhores escolas privadas de sua região, com a mesma qualidade de ensino dada à população de renda superior. De forma direta, prática e igualitária, proporcionará ao aluno de baixa renda o mesmo sistema educacional antes dado somente ao aluno de renda superior.