É notório que as ações do governo para estimular o ingresso e permanência de pessoas pobres ao ensino superior tem caráter relevante na redução da desigualdade social no Brasil. É fato que o ensino público, fundamental e médio, oferecido à população menos favorecida é deficitário e tais ações tem como função tornar o acesso mais igualitário. É preciso frisar que as classes menos favorecidas, ou seja, a maioria da população, que é formada por negros e pardos, têm acesso a uma educação básica ruim, com problemas desde instalações, falta de professores, até mesmo por falta de condições financeiras dos pais. E esses se arrastam pelo ensino médio, de forma que esses alunos ao tentarem ingressar no ensino superior se deparam com uma concorrência muito desigual de alunos com uma realidade muito melhor. É consenso que há falhas na educação pública de base oferecida às classes menos favorecidas. E tratar aos que tem acesso a uma educação ruim, exigindo o mesmo desempenho dos que vieram de uma outra realidade social é injusto. Além disso o acesso à educação superior é uma forma de inclusão social garantindo maior possibilidade de ascender socialmente e mudar a realidade das famílias deles. Tendo em vista a grande relevância das ações de incentivo à educação superior no Brasil para remediar problemas da educação básica, mais ações desse tipo são necessárias. Como o governo aumentar o número de vagas nas universidades públicas e privadas. Bem como a melhoria do ensino básico oferecido nas escolas públicas tornando o tão bom quanto ao recebido pelas classes mais abastadas. Portanto, a partir do momento que as ações públicas se fazem necessárias para remediar uma falha na educação de base e dar um tratamento mais igualitário, somente com a melhoria dela poderemos ter uma país com oportunidades iguais.