Com o intuito de democratizar o acesso ao ensino superior públicos, foram criadas as chamadas reservas de vaga, ou cotas, para alunos provenientes de escolas públicas e/ou negros. Dessa forma, as camadas mais pobres têm oportunidade de ter um ensino superior de mesma qualidade que os mais abastados possuem. A implantação do sistema de cotas nas universidades tem elevado o número de pessoas com renda baixa que ingressam em faculdades e que sem elas não teriam condições para tal. Assim a reserva de vagas atua a favor da igualdade social, pois provê que tanto os ricos quanto os mais necessitados tenham as mesmas oportunidades na vida. As cotas, entretanto, são apenas uma maneira de remediar as consequências de um ensino básico público de péssimas condições. As escolas públicas formam alunos sem capacidade de competir com alunos de instituições privadas nas disputas por vaga. As cotas funcionam como um paliativo para a situação de descaso com que a educação é tratada pelo Estado. Já as cotas raciais, que visam compensar os negros pela exclusão social ainda vivenciada, devido principalmente ao passado escravista,apesar de sem intençao para isso reafirmam o retrógrado preconceito de que todo negro é excluído e pobre, ao reservarem vagas exclusivamente pela "raça". Outro problema é o fato de essas cotas não atenderem à parcela de pobres e marginalizados que são brancos. Em vista disso, é evidente que o sistema de reserva de vagas deve atuar meramente como medida de curto prazo para reparar o real problema: a negligência do Estado quanto à educação básica. Essa educação deve ser levada a sério pelos governo, os investimentos na área precisam ser voltados para que os alunos tenham uma formação de qualidade, sendo capazes de ingressar nas faculdades em igualdade com alunos de escolas particulares. E, no lugar das cotas racias, deveriam ser criadas cotas baseadas na renda familiar, para evitar preconceito com os negros e para não excluir os brancos que se encontram necessitados.