Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As políticas públicas de incentivo à educação superior no contexto nacional

Redação enviada em 15/10/2016

Desde a abolição da escravidão no Brasil em 1888, os negros sofrem de exclusão social. Somente a partir da década de 1930, com a concepção de Democracia Racial de Gilberto Freyre, a questão da miscigenação passou a ser vista de forma positiva. Nesse contexto, destaca-se que, embora o brasileiro se identifique como miscigenado, a desigualdade persiste. Logo, isso implica em desvantagens na competição pelo acesso ao ensino superior, fruto da marginalização imposta e o racismo enraizado. Em primeiro lugar, o preconceito racial, tanto por negros, pardos ou indígenas, é um fator que segrega o âmbito universitário. Segundo o sociólogo Florestan Fernandes, o racismo brasileiro é "cordial", vedado pelas consciências e negado pelas palavras. Seu pensamento foi confirmado recentemente pelo Data Folha, no qual 98% dos entrevistados declararam não serem racistas, ao passo que 99% desses conhecem preconceituosos raciais. Esse paradoxo é sentido por aqueles que sofrem com a problemática e, consequentemente, tornam a vida acadêmica mais difícil em ser acessada. Além disso, a criação de ações afirmativas para o acesso universitário encontra resistências e infrações. Consoante uma pesquisa do IBOPE, a porcentagem de negros no ensino superior passou de 1,8% para 8% após a implementação da Lei de Cotas. Taxa ainda ínfima, tendo em vista que muitos negros são contra essa medida e, ademais, não-afrodescendentes constantemente burlam essa tática social para conseguir ingressar na faculdade, já que a condição é autodeclarada e, portanto, qualquer indivíduo poderá se candidatar. Tendo em vista os fatos mencionados, é eloquente a necessidade dos órgãos responsáveis, em conjunto com a sociedade, estabelecer a democracia racial no ensino superior. Portanto, o Ministério da Educação deve instituir medidas nas ações afirmativas que confirmem a origem africana ou indígena dos candidatos. Da mesma forma, essas medidas devem ser entendidas desde a escola, para que não haja preconceito em usá-las. Por fim, a sociedade deve denunciar aqueles que cometem o crime de racismo previsto na constituição brasileira com o objetivo de tornar a sociedade mais igualitária educacionalmente.