Ao longo dos últimos anos,o governo investiu em medidas de incentivo à educação superior,principalmente,com o objetivo de incluir cidadãos das camadas sociais menos favorecidas em Instituições de Ensino Superior(IES),assim contribuindo com a inclusão social. Para início de discussão,devemos realizar uma análise histórica de nosso país.Durante mais de 300 anos,existiu,em solo brasileiro,a escravidão de povos africanos,o que proporcionou uma herança histórica negativa: entre os 10% da população mais pobre de nosso país,cerca de 3/4 são negros ou pardos.Ademais,o preconceito racial velado também é característico de nossa sociedade.Por conta de uma cultura racista,afrodescendentes acabam possuindo menos oportunidades para ascender socioeconomicamente,colocando em "xeque" a ideia de meritocracia. Através de programas como o Programa Universidade Para Todos(ProUni) e o Financiamento Estudantil(FiEs),tornou-se possível a entrada de jovens de baixa-renda em universidades particulares,criando uma maior pluralidade social no interior das faculdades pagas. Além desses processos,podemos destacar,também,a Lei de Cotas,uma política de ação afirmativa,implantada em 2012 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,que visa ampliar a entrada da população negra,parda, indígena e pobre,oriunda de escolas públicas,em Instituições Federais de Ensino Superior(IFES),mas que vem sendo acatada até mesmo por universidades estaduais,como a Universidade Estadual do Pará(UEPA),e municipais,como a Universidade de Campinas(UNICAMP). Contudo,cerca de 85% das instituições que aceitam as cotas raciais utilizam como critério a autodeclaração,processo que abre espaço para burlar o sistema.Apesar desse ponto,atualmente,mais de 30% dos estudantes das IES são negros,pardos ou indígenas,o que apresenta um grande avanço contra a exclusão social estrutural. Portanto,é fundamental a criação de bancas que avaliem os candidatos interessados na cota cor,para identificar falsas declarações.Também,é necessária a expansão e o investimento nas IFES,por parte do Governo Federal.Os Governos Municipais e Estaduais devem garantir uma educação básica de qualidade,para que todos estudantes tenham condições iguais de disputar vagas em universidades públicas,fazendo valer,de fato,a ideia meritocrata implantada em nossa sociedade.Dessa modo,será possível termos uma educação pública,de qualidade e para todos.