É cada vez mais relevante que se discuta sobre os questionamentos que ainda surgem sobre as políticas públicas na educação brasileira. Para ampliar essa ideia, é visível que por décadas o destino de muitos jovens pobres, negros e indígenas já esteve traçado pela impossibilidade de ascender socialmente. Hoje, o que se vê é o auxílio de programas governamentais que tornaram o ensino superior mais democrático. Nessa perspectiva, observam-se casos de ofensas elitistas e a necessidade de ampliação desses programas. Embora em pleno século XXI, muitos afirmem que a democracia já está consolidada, nota-se que ainda existe uma parcela burguesa que tenta manter antigas características medievais e proferir ofensas. Uma vez que se observa um incomodo por parte desses em dividir a sala de aula ou o ambiente de trabalho com pessoas que não são advindas de “berço de ouro”. Em decorrência disso, evidencia-se casos de grande repercussão midiática como, por exemplo, o da estudante de Medicina da UFRN que é cotista e por isso foi atacada por médicos e alunos após discursar na cerimônia de dois anos do Programa Mais Médicos. Além disso, outra necessidade para o avanço da igualdade no meio social é a manutenção e a ampliação do sistema de cotas. Isso porque, é visível que as universidades públicas são ocupadas em sua maioria por jovens de classe média alta que possuíram as melhores condições de ensino, enquanto para os mais pobres restaram apenas lutar por vagas em faculdades privadas, contando com a sorte para conseguir um financiamento. Em razão disso, é notória grande disparidade entre as classes quando se trata do meio educacional. Fica claro, portanto, que apesar de todos os avanços a sociedade brasileira ainda é preconceituosa e desigual. Para converter esse quadro, é fundamental que a mídia utilize de sua influência para informar a sociedade sobre a importância de programas como as cotas para fortalecer a igualdade garantida constitucionalmente. Ademais, como já diria Immanuel Kant o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Desse modo, faz-se necessário que Estado se faça presente por meio do Ministério da Educação, fortificando as leis já vigentes e garantindo que elas sejam cumpridas através de ouvidorias e mídias sociais. Tais medidas, tomadas por meio de uma ação conjunta poderão formar atores sociais de qualidade.