Título da redação:

Oligarquia e Democracia

Tema de redação: As políticas públicas de incentivo à educação superior no contexto nacional

Redação enviada em 18/02/2016

A relação entre conhecimento e poder sempre foi estreita e sua negação uma forma de controle social. Podemos notar essa pratica com a inexistência de uma faculdade genuinamente brasileira até a vinda da família real para o Brasil. Pode-se perceber, portanto, que o incentivo a entrada de classes historicamente empobrecidas é um avanço na quebra de nossas raízes oligárquicas para uma madura democracia. O programa deve ocorrer de forma a criar uma cultura de incentivo a educação nessas camadas empobrecidas. Esse costume deve ser construído a partir do momento que as mais diversas camadas sociais enxergarem na academia um lugar que lhe pertença. Pode-se também notar, com a experiência norte-americana de aumento de negros nas classes medias de 13% para 51% com uso de cotas, que essas praticas podem fornecer melhores condições financeiras para famílias dos excluídos de forma que possam investir em mais educação própria e de seus filhos se tiverem. O que não podemos, contudo, é mitificar esse processo de forma que ele se torne alvo de políticos demagógicos. Isso significa que não adianta tomar a parte pelo todo, ou seja, os orçamentos da união não devem se esgotar no fomento da entrada dessas pessoas no 3º grau como se sua entrada fosse um fim por si mesmo. Elas devem prosseguir toda uma lógica de incentivo a educação pública que comece desde sua base até as pesquisas de ponta nas faculdades estaduais e federais. Sem esse pensamento como guia corre-se o risco de obtermos uma melhor substancial no curto prazo que se desfaz no futuro. Dessa forma, podemos considerar que as leis de cotas, o Sisu e até certa medida o Fies foram e estão sendo programas vantajosos para o país e seus cidadãos. O que devemos ter ressalvas, contudo, é com sua apropriação política o que significa que as universidades devem incluir em seus currículos de ciclo básico matérias sobre humanidades que contemplem política e teoria critica. Deve-se também incutir nesses projetos prazos para avaliação de seus resultados com consulta popular e de especialistas e, com isso, aperfeiçoar o programa através do uso racional das verbas publicas. Somente assim poderemos avançar para uma verdadeira democracia.