Título da redação:

Integração

Tema de redação: As políticas públicas de incentivo à educação superior no contexto nacional

Redação enviada em 09/05/2018

Integração Considerada uma etapa fundamental para o indivíduo ser bem sucedido, o ensino superior tradicionalmente era frequentado apenas por pessoas com elevado padrão de vida, tendo com o tempo tornado-se mais popular, principalmente devido a iniciativas do Estado de promover o ingresso da população – em especial de baixa renda – nas universidades. Embora as políticas atuais promovam melhorias no acesso a faculdade, elas não são efetivas, uma vez que possuem função temporária a qual – caso não venha acompanhada de um projeto em longo prazo, tornam-se ineficazes. Dentre os diversos programas existentes, como o financiamento estudantil (Fies) e o de bolsas em universidades privadas (Prouni), o que possui maior destaque é o sistema de cotas em universidades publicas, especialmente no que diz respeito às minorias antropológicas. De acordo com dados do IBGE, de 2004 – ano em que as cotas foram implementadas – para 2014, o número de universitários no ensino público que pertencem ao quinto mais pobre da população subiu de 1,2% para 7,6%, enquanto o total de negros e pardos de 18 a 24 anos no ensino superior aumentou de 16,7% para 45,5%, embora o valor mais recente seja menor do que o de brancos dez anos antes (47,2%, aumentando para 71,4% em 2014), demonstrando, assim, o abismo social entre as etnias. Por conta de seu caráter temporário, com revisão pelo Executivo prevista em 2022, o sistema de cotas necessita vir acompanhado de algum projeto em longo prazo, que possibilite o acesso amplo ao ensino superior sem a necessidade de seletivizar determinada porcentagem de vagas. Para isso, uma boa alternativa seria a formação de novos tecnopolos – parceria entre capital (seja público ou privado) e universidades– os quais foram criados no início do século XX nos Estados Unidos em uma região que ficou conhecida como Vale do Silício, onde – além de gerarem mais vagas nas instituições de ensino superior – surgiram e desenvolveram-se empresas como a Intel, Apple, Boing e Microsoft. Posteriormente, durante as décadas de 1960 e 1980, foram adotadas em diversas cidades pelo mundo, com universidades como as de Cambridge (Reino Unido), Paris (França), Munique(Alemanha) e Havard (EUA).Mesmo que presente em algumas cidades no Brasil, desenvolvidas já no século XXI, são pouco numerosas e muito concentradas no sul e sudeste do país, limitando, dessa forma, sua eficácia em nível nacional. Observa-se, portanto, que as políticas públicas de incentivo ao ensino superior no Brasil são parciais, necessitando de medidas para torná-las efetivas. Por isso, o Ministério de Integração Nacional deve, por meio de parcerias entre empresas e universidades, estimular a formação de tecnopolos, visando não só gerar mais vagas na universidade em questão, mas também desenvolver economicamente a região e gerar empregos para os recém-formados. Além disso, o Ministério da Educação, em conjunto com Ministério de Desenvolvimento Social, precisa não só melhorar a qualidade do ensino médio e fundamental público – suprindo a necessidade do sistema de cotas – como também realizar palestras nas instituições de ensino sobre a importância e os benefícios de um diploma de ensino superior na questão da remuneração e do mercado de trabalho.