Título da redação:

"Eduquem os homens, não importa qual for o meio."

Tema de redação: As políticas públicas de incentivo à educação superior no contexto nacional

Redação enviada em 18/02/2016

“Eduquem os homens, não importa qual for o meio.” Na contemporaneidade, um assunto vem sendo muito debatido na esfera educacional: a política de cotas e programas públicos de incentivo à educação superior no Brasil, haja vista que é um tema polêmico na qual os posicionamentos são os mais diversos. Ora, claro está que apenas as cotas em si, bem como outros programas assistencialistas do Governo no segmento do ensino superior não resolvem o problema do déficit educacional e, tampouco, da segregação racial que têm raízes históricas, porém no contexto atual em que o Governo se encontra em um período de instabilidade política, torna-se inviável ansiar por grandes mudanças a curto prazo. Logo, os programas públicos de incentivo a educação superior pelo menos dão a oportunidade de integrar negros, pardos, índios e a classe C em Universidades, portanto devem ser consideradas. Antes da política de cotas e dos programas assistenciais de incentivo a educação superior no Brasil, as faculdades, sobretudo federais e estaduais, pertenciam quase que integralmente à Elite do país. Como a classe economicamente desfavorecida se compõe em mais de 70% de negros e pardos, o acesso a educação superior para tais indivíduos era uma realidade quase que inexistente. Para agravar a situação, o setor público educacional, no Brasil, se tornou muito deficitário devido à falta de investimento governamental que, nos últimos anos, teve longos períodos de agitação política, ou seja, as escolas públicas não forneciam e ainda não fornecem efetiva preparação para os alunos competirem uma vaga em universidades renomadas com aqueles da classe média e alta que tiveram preparação apropriada em colégios privados na maioria dos casos. Además, a situação evidenciada era caótica, pois os jovens e adultos pertencentes às classes desprivilegiadas acabavam se inserindo no mundo do crime, da violência e da negligencia, afinal careciam de quaisquer incentivos estudantis e culturais, Portanto, é mais do que evidente que as cotas e as políticas públicas de assistência ao ensino superior modificaram consideravelmente o cenário que havia antes e têm trazido muitos talentos das periferias, por trás de peles escuras, para as Universidades. Evidencias disso são os índices do Ministério da Educação: em 1997, apenas 2,2% de pardos e 1,8% de negros entre 18 e 24 anos cursavam ou tinham um curso de graduação em seu currículo, todavia desde que entraram em vigor os programas assistencialistas de incentivo a educação superior, os índices subiram para 11% de pardos e 8,8% de negros cursando ou formados em uma faculdade. Com isso, se refletirmos bem, devemos sim reivindicar mudanças no sistema público de ensino, além do fim da exclusão racial, para que um dia, políticas de cotas e incentivo às graduações sejam dispensáveis, mas por hora, e na situação atual em que se encontra o Governo, é a melhor solução que se têm. Dessa forma, o Estado deve disponibilizar mais verba para os programas assistenciais Universidade para todos (PROUNI), Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) e outros. Os alunos devem reivindicar ao Governo Federal, por meio de e-mails, a abertura de mais vagas em programas assistenciais e nas universidades públicas, além de ONGs promoverem campanhas de Inclusão Racial e Social nas Universidades, evidenciando seus benefícios.