Título da redação:

Cotas Raciais: Igualdade ou seria desigualdade?

Tema de redação: As políticas públicas de incentivo à educação superior no contexto nacional

Redação enviada em 25/08/2017

Cotas Raciais: Igualdade ou seria desigualdade? É fato que a lei 12.711, regulamentadora do sistema de cotas raciais nas universidades federais, é polêmica quanto ao seu objetivo reparar os séculos de incoerências históricas cometidas aos negros aqui existentes, em que, teoricamente, as oportunidades foram restritas a uma parcela da população dita "embranquecida". É sabido ainda, que há séculos os negros lutam por condições igualitárias, partindo do pressuposto constante na Constituição Federal de 1988 de que "é preciso tratar os desiguais na medida das suas desigualdades". Todavia, o sistema de cotas, ao mesmo tempo em que proporciona direitos aos negros, afeta uma parte da população autodeclarada branca, mas que também é oriunda de baixa renda e, contudo, tem que entrar na universidade por meio da ampla concorrência (onde a relação candidato vaga é 11/1 faces à 1/1, tido na relação para cotistas negros de baixa renda). Dessa forma, é disparataria, chegando a ser incoerente, a política pregada por diversas ONG's defensoras das cotas raciais a ideia de que somos todos iguais. Ora, já que "somos todos iguais", é reprovável uma lei que forneça condições favoráveis a um grupo seleto de pessoas apenas pelo tom de pele mais escuro. Exemplo disso, é o ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa: negro, de origem humilde e ocupante de um cargo pertencente à um órgão de cúpula do Poder Judiciário brasileiro, por mérito próprio - sem sistema de cotas. Portanto, diante do exposto, é necessário um sistema de cotas no Brasil não racial, mas sim social, tendo em vista a discrepância econômica a qual assola nosso país, afetando não só a população negra, mas também a população branca, parda, amarela, miscigenada que não têm acesso às ações afirmativas as quais possam beneficiar os brasileiros como um todo, sem estereótipo de raça ou cor.