No Brasil colônia, a educação superior era restrita, com raras exceções, a elite brasileira, constituída, na grande maioria, por descendentes de europeus imigrantes, que iam ao exterior estudar para tornar-se ”doutor”, ganhando assim prestígio social. Enquanto os demais, ou se limitavam a um ensino local precário feito por jesuítas ou não tinha qualquer acesso à educação. Atualmente, “a pátria educadora” tenta retificar esse quadro histórico por meio de políticas públicas de incentivo educacional, contudo tais políticas são questionáveis. No pós-guerra fria, ascendeu no mundo inteiro o chamado “capitalismo criativo e informativo”, quadro econômico que exigia dos países investimentos na profissionalização da Mao de obra, financiamento no desenvolvimento de tecnologias e de pesquisas. O Brasil, para se adequar a esse modelo, passou a estimular políticas públicas de incentivo ao ensino superior, aumentando a mão de obra especializada e atraindo mais investimentos ao país. Dentre tais políticas incluem-se, bolsas de estudos para pesquisa e desenvolvimento, bolsa em universidades particulares para alunos de escolas públicas e aumento das vagas nas universidades federais, que, atualmente, não comportam 1/3 de todos os estudantes que concluem o ensino médio. Além do benefício econômico, essas políticas visam remediar um histórico educacional seletivo e restrito, que persistiu durante anos, por meio das políticas de ações afirmativas, as cotas raciais e por renda e de processos seletivos unificados, Sistema de Seleção Unificada (SISU), que selecionam os alunos de forma justa e igualitária. Entretanto, essas políticas são questionáveis, quanto ao preparo dos alunos, tanto de escolas públicas, quanto de privadas, uma vez que o país apresenta uma das piores notas em leitura, ciências e matemática básica no PISA - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes. Como um aluno pode progredir no ensino profissionalizante, se não apresenta as competências básicas? Infere-se, portanto, que o estímulo a educação superior favorece o desenvolvimento econômico e social do país. Contudo, é necessária uma reestruturação da educação básica, aumento do número de vagas em universidades públicas e melhorias nas infraestruturas das universidades.