O mundo de hoje tem como cenário a Terceira Revolução Industrial. Junto dela, a globalização e sua rede de países que buscam aliados dispostos a trabalhar com empresas e indústrias. O requisito: qualificação. Contudo, para preenchê-lo, é necessário inserir-se em alguma instituição de ensino. Algumas pessoas encontram dificuldades econômicas e sociais para almejar a vaga na universidade, diante disso, surgem as políticas públicas destinadas à educação superior. Estas, ajudaram diversos estudantes, mas tem sua expansão criticada por pessoas que discordam da sua existência. Como resolver tal problemática? O número de negros que conquistaram uma vaga na universidade nos últimos anos, cresceu muito em comparação à década de 90. O que facilitou tal fato, foram as políticas de ações afirmativas, que garantem uma porcentagem de vagas exclusivamente a negros, pardos, indígenas e baixa renda. Com o ensino superior, a possibilidade de ascensão social aumenta muito, visto que a qualificação está diretamente ligada a remuneração. Sem essas políticas públicas, há o predomínio da desigualdade na competição por uma vaga. Pois pessoas com ensino particular, e consequentemente, qualidade educacional superior, competiriam igualmente com cidadãos provenientes de ensino público, muitas vezes precário. Isso gera um ciclo que além de dificultar a conquista da vaga, impossibilita a adesão de um bom emprego, visto que cada vez mais tem-se a qualificação como requisito básico. O lado poético de Drummond já recitava: “No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho”. Levando em consideração a ausência de incentivos políticos à educação superior, o número de pedras triplica. Logo, para garantir uma sociedade igualitária, que ofereça oportunidades ao cidadão e melhores condições de vida, é válido o apoio do Estado, através da introdução de mais vagas ao ensino superior destinadas aos que se sentirem prejudicados. Desde o negro até o estudante com renda inferior, aumentando assim as oportunidades de ascender socialmente. Aproveitando o movimento tecnológico, é cabível a criação de um portal virtual pelo Governo, com divulgação midiática, onde o estudante interessado em adentrar no ensino superior possa se cadastrar colocando sua localização, para buscar a universidade mais próxima que ofereça ações afirmativas. Assim, aproveitaremos as pedras do caminho para construir um castelo, onde a desigualdade e o desemprego, ficam barradas na muralha.