O batismo dos calouros, o qual muitos chamam de trote universitário, é desejado por cerca de 15 milhões de jovens no Brasil (na maior parte das vezes, fica apenas no desejo). "Essa é a 3º vez que faço o vestibular, se não der em nada, sigo em frente". O testemunho da jovem de 21 anos reflete que, apesar da possibilidade da realização de um sonho, as ações brasileiras referentes à adesão ao ensino superior tem se mostradas ineficazes. Uma das preocupações dos vestibulando é se ultrapassarão seus concorrentes. Com a educação básica pública em ruínas, a qual mais da metada dos brasileiros fazem parte, e a falta de recursos para investir em um preparatório, são o 1º obstáculo para adentrar em uma universidade brasileira. O 2º, é de escolhas dos jovens que, ao procurar faculdades com mais segurança e qualidade, optam por estudarem em países estrangeiros. Como consequência desse estímulo ineficaz, o número de estudantes nas universidades cai (seja por escolha do estudante ou pela falta dela). Essa ação obriga ao mercado de trabalho a buscar mão de obra qualificada no exterior, causando crise de desemprego no país (já que os brasileiros sem qualificação são, em sua maioria, aqueles que não ingressaram na faculdade). Em parceria com o Ministério da Educação (MEC), o Ministério das Relações Exteriores pode, através de investimentos, ampliar projetos de intercâmbio a partir de instituições nacionais, como o ciência sem fronteiras, porém com um leque maior de cursos e países. Desse modo, os jovens que visam o exterior voltarão seus olhos para seu país. Apesar de diversos fatores afastarem a população juvenil do tão sonhado "batismo", ações do governo como a "Hora do Enem", plataforma de estudos gratuita, equiparam, até certo ponto, a concorrência. Com o intuito de intensificar essa equiparação, o MEC pode, através de investimentos e em parceria com Universidades, promover aulões presenciais com questões do Enem e de vestibulares nas próprias universidades, promovendo assim, o estímulo para a adesão ao ensino superior.