Título da redação:

A cereja do bolo

Tema de redação: As políticas públicas de incentivo à educação superior no contexto nacional

Redação enviada em 13/02/2016

Antes de 1930, o Brasil ainda era muito elitizado no quesito educação, por isso Getúlio Vargas, durante seu mandato (como estratégia política a fim de conquistar a admiração do povo, tanto que lhe valeu o nome de “pai dos pobres”) criou o conceito de educação pública, passando ao Governo a tarefa de desenvolver mecanismos que garantissem a educação para todos. Hoje, essa tarefa continua sendo cumprida, e felizmente progrediu para o ensino superior, prova disso são os programas, como o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), o Prouni (Programa de Universidade para Todos) e a tão polêmica política de cotas. As políticas públicas voltadas ao ensino superior envolvem todos os grupos de necessidades da sociedade civil, por que a desigualdade social ainda faz parte da realidade brasileira, o Brasil é considerado um país subdesenvolvido pelos patamares do PIB (Produto Interno Bruto), e, infelizmente a condição financeira reduz as chances de pessoas, que não podem pagar escolas de qualidade e cursinhos preparatórios para o vestibular, de ingressar numa faculdade. Além disso, é fundamental pontuar que o crescimento do Brasil está atrelado ao tipo de educação que está sendo construída na atualidade. Essa relação existe porque um país precisa de adultos conscientes, capazes de desenvolver tecnologias e de solucionar problemas, sejam eles sociais, políticos etc, caso contrário na Revista Almanaque Abril não teria: “Hoje as teorias econômicas reconhecem a educação como capital humano – uma ferramenta decisiva para a geração de riquezas e para o crescimento econômico de um país”. Assim, as políticas públicas é mais um investimento com retorno garantido para o país. Mas há quem considere principalmente as cotas raciais, que reservam vagas para descendentes de negros e índios, apenas uma maneira de reafirmar a diferença, de confirmar que o negro e o índio são marginalizados e incapazes, por isso precisam de ajuda oficial. Essa é uma questão delicada, que não deve ser levada em conta, pois a forma como estudantes negros e indígenas se veem diante das cotas muda de pessoa para pessoa, dependendo dos seus valores e experiência alguns podem enxergar a política de cotas como um absurdo, outros como uma oportunidade. Dessa forma, a ideia do líder Gandhi de que o futuro depende daquilo que fazemos no presente parece fazer alusão ao fato de que não é prudente impedir a criação de políticas públicas para o ensino superior. Porém, para uma transformação completa é preciso que o Governo decrete medidas que reduzam a desigualdade social, para isso programas sociais como o Bolsa Família, o EJA (Educação de Jovens e Adultos), concessões fiscais às famílias carentes, em livrarias e bibliotecas e a criação de cursinhos preparatórios gratuitos para estudantes de escolas públicas são alternativas. Afinal, se uma medida no quesito educação foi a “cereja do bolo” para Getúlio Vargas, mudanças no sistema educacional podem assumir o mesmo efeito para o Brasil.