É possível afirmar que o homem desde o surgimento de grupos coletivos realizava algumas formas de trabalho. Essas atividades eram praticadas para sua sobrevivência, na qual incluíam caças, colheitas, pescas e buscas por moradias. No entanto, na contemporaneidade temos novas configurações do trabalho, em que o capitalismo pautado na lucratividade é o principal impulsionador de uma sociedade que busca estar inserida no mercado global. Em primeira análise, cabe pontuar, que no Brasil segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 25% dos trabalhadores não possuem registro formal em 2018. Tais dados mostram a disparidade e uma realidade negativa vivenciada por milhares de pessoas todos os anos, que é o desemprego, tendo como indicador primeiro a crise econômica que afeta diretamente o mercado de trabalho. Com isso, para se adaptar ao novo cenário muitas pessoas, por meio, do empreendedorismo, criatividade e imaginação buscam suprir suas dificuldades, e assim surge na informalidade um meio de conseguir ter uma renda. No entanto, se por um lado a informalidade tem ajudado reduzir a desocupação, a subocupação e o desalento, essa nova característica do emprego reflete insegurança, uma vez que a pessoa não dispõe de amparos legais de direitos como de um trabalhador que possui uma ocupação formal. Somando a isso, nas últimas décadas o mercado de trabalhou passou por muitas mudanças. Logo, em 1970 os trabalhadores realizavam atividades repetitivas e restritas a determinadas funções, atualmente o mundo globalizado, além de exigir qualificação profissional, tem preferido funcionários multifuncionais e proativos, sendo capaz de realizar diversas tarefas ao mesmo tempo. Essa nova configuração, faz com que novos valores e competências estejam inseridos no mercado de trabalho, aumento da competitividade e a instabilidade nas organizações trabalhistas, sendo informal ou formal. Desse modo, saber se adequar as novas exigências são fundamentais para se destacar nesses novos moldes. Portanto, faz-se necessário uma reestruturação em ferramentas que levem os indivíduos a inserirem nesses novos requisitos profissionais, além disso, garantir que toda modalidade de trabalho seja amparado por lei é fundamental para a democratização de direitos. Para isso, é imprescindível o empenho Governamental aliado ao Ministério do Trabalho, uma vez que ambos desempenham funções coadjuvantes para assegurar e criar projetos que levem a equidade de direitos principalmente daqueles que exercem atividades informais. Ademais, a criação de projetos que atenda o público desempregado e busque o aprimoramento de novas técnicas e exigências do mercado formal são fundamentais para que o mesmo venha ser inserido nesse meio.