Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As novas configurações do mercado de trabalho

Redação enviada em 10/06/2019

No século XVIII, a Lei dos Cercamentos, promulgada pelo governo da Inglaterra, serviu de estímulo para a migração dos camponeses do campo aos centros urbanos, que se encontravam na efervescência da Revolução Industrial, e para a consequente inserção da mão de obra desses cidadãos nas fábricas, garantindo-lhes, ainda que parcialmente, a existência de vínculos empregatícios. Partindo desse pressuposto, percebe-se que, hodiernamente, a falta de empregos no mercado trabalhista tem atuado de maneira análoga à Lei inglesa, uma vez que, por meio dessa escassez, muitas pessoas, inclusive boa parcela da sociedade brasileira, têm buscado meios de se reinventar e criar oportunidades que lhes garantam o sustento financeiro. Desse modo, discutir as novas configurações do mercado de trabalho no Brasil envolve a avaliação das condições em que o país se encontra, bem como das características do seu povo diante do cenário atual. Primeiramente, é notável que as constantes crises na esfera política e econômica reflete diretamente na questão trabalhista e alteram a sua configuração. Nesse sentido, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de desemprego, no ano de 2017, foi de 12,7%. A partir desse resultado, pode-se afirmar que, ainda que essa taxa seja reduzida, é fundamental compreender os mecanismos que os governantes têm utilizado para sanar esse imbróglio no país. Sobre isso, sabendo-se que o atual presidente brasileiro apresenta uma política pautada na interferência direta do capital estrangeiro na economia brasileira, por intermédio das privatizações, é inegável a necessidade de refletir e questionar o papel da mão de obra dos nativos nessa questão, haja vista que a dificuldade de gerar empregos no país tem sido um dos principais revezes enfrentados pelas autoridades. Outrossim, juntamente com a negligência estatal, é preciso analisar a função dos cidadãos na busca pela mudança desse paradigma. Nesse viés, o famoso "jeitinho brasileiro" revela a capacidade da população de superar as adversidades e enfrentar da melhor maneira possível as crises que o Brasil enfrenta, e isso tem ocorrido também no âmbito trabalhista. Relativo a isso, segundo o próprio IBGE, o número de trabalhadores informais e que exercem atividades por conta própria aumentou 3,1 pontos percentuais, enquanto que os vínculos formais, com carteira assinada, caíram 4 pontos. Com base nessa pesquisa, infere-se que as pessoas estão cada vez mais conscientes da imersão do país em dívidas e, a partir desse cenário, a maioria delas tem optado por desenvolver outros meios de renda como abertura de pontos de venda, lojas virtuais e canais no YouTube, mecanismos que têm trazido bons resultados entre a população. Sendo assim, diante dos argumentos supracitados, medidas são indispensáveis para alterar o cenário vigente. Para tanto, é fundamental que o Governo Federal , juntamente com o Ministério do Trabalho, forneça condições para que a sua população possa trabalhar, por meio da criação de políticas de geração de emprego, principalmente nas regiões em que o índice de desemprego encontra-se elevado, bem como estimular financeiramente, via empréstimos, os empreendedores que pretendem expandir seus negócios, com o fito de retirar o país da atual crise e alavancar a sua economia, além de auxiliar na emancipação de grandes profissionais brasileiros.