Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. Todavia, ao observar, hodiernamente, as mídias sociais e sua influência a uma incessante busca pela perfeição, constata-se que tal ideal é verificado em teoria, mas não desejavelmente na prática. Nesse sentido, seja pela decadência educacional em abordar o que tange à problemática e seus efeitos, seja pela pressão social acrescida pelos meios comunicativos, esse nefasto revés mantem-se inerte. A priori, deve-se inferir que a educação está intrinsecamente ligada ao problema enfrentado pelos usuários de plataformas digitais. Destarte, em consonância com o filósofo iluminista Immanuel Kant, o qual valorava ferridamente a educação: "É na educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade". Desse modo, a carência de uma abordagem educacional que forme jovens capazes de questionar as influências impulsionadores de uma procura pela perfeição, bem como enfrentá-las, contribui para a permanência e amplitude dessa vicissitude do século XXI. Outrossim, de acordo com a Sociologia, compreende-se que a sociedade exerce coerção sobre o indivíduo. Ademais, juntamente com o advento de tecnologias da informação, tal coerção se torna ainda mais exacerbada. Portanto, o indivíduo é constantemente exposto aos padrões da virtualidade, o que promove a coercitividade nos padrões de beleza e felicidade. Diante desse contexto, medidas são imprescindíveis. Nessa perspectiva, o Governo Federal, em parceria com o MEC, deve financiar projetos educacionais que utilizem psicologia, filosofia e sociologia na formação de cidadãos aptos a encararem, e vencerem, as pressões incidentes da modernidade, incluindo debates entre pedagogos, professores e alunos, por meio de congressos e seminários. Assim, reflorescer-se-á, na prática, o valoroso ideal iluminista.