Em governos autoritários, como o nazismo e o fascismo, os meios de informação eram utilizados para conquistar a opinião pública e manipulá-la. Essa alusão auxilia na análise da contribuição da mídia na busca pela perfeição, já que ela está mais presente na vida da população. Nesse sentido, cabe analisar os fatores que motivam esse quadro, bem como seus efeitos. Cabe pontuar, de início, a relação da indústria cultural com a procura excessiva pela beleza. Isso, pois ela tem como objetivo transformar gostos e hábitos em uma forma de lucratividade, e, para isso, por meio da cultura de massa, tenta criar padrões de aparência, como ser alto e magro, que são difundidos pelas celebridades por meio das propagandas. Desse modo, muitos indivíduos, por espelharem-se nessas pessoas, acabam sendo motivados a fazerem cirurgias ou dietas extremas, para, assim, atingirem um ideal, muitas vezes, utópico. Decorrente disso, o incontentamento com o corpo, sentimento vivido sobretudo pelas garotas, é constante. Isso ocorre pois, segundo o sociólogo Durkheim, a sociedade exerce uma pressão sobre aqueles que não se encaixam em seus modelos. Logo, muitas pessoas sentem um tipo de coerção e mal estar com a sua aparência, podendo levar, em alguns casos, a bulimia, depressão e ao suicídio. Fica clara, portanto, a gravidade da influência da mídia na obsessão pela beleza. Dessa maneira, o Ministério da Saúde deve criar campanhas sobre a importância da aceitação, as quais seriam feitas em escolas e hospitais e formuladas por psicólogos e psiquiatras devidamente capacitados, a fim de que a população, sobretudo os adolescentes, possam ser esclarecidos e não alienados. Ademais, os meios de comunicação, subsidiados pelo Estado, devem expor nas redes sociais, em novelas e revistas, a diversidade do que pode ser belo, como a inclusão de atores acima do peso em programas televisivos, de uma forma não pejorativa. A fim de estimular a tolerância, já que somente com a mídia, governo e população agindo juntos, essa situação poderá ser minimizada.