“O capitalismo gera o seu próprio coveiro”. Sobre a ótica Marxista, pode-se relacionar ao papel impulsionador das mídias na sociedade, a qual estimulam a busca da “perfeição” com o intuito de aumentar a sua lucratividade, configurando essa situação como causadora de problemas na saúde pública, tanto na questão física, quanto a psíquica. Nesse contexto, é fundamental a participação do Estado na tentativa de lidar adequadamente com esse impasse contemporâneo. A priori, devido à imposição dos meios midiáticos como rádios, TV’s e internet, que têm como um dos principais objetivos mostrar o perfil de “um corpo ideal”, para venderem produtos que proporcionam esses benefícios, parte da população se encontra na busca incessante e rápida desse padrão. Prova disso, nota-se a partir do aumento na quantidade de pessoas nas academias de musculação em épocas como o verão, para estar em boa forma e se sentirem inseridos na sociedade. Contudo, em vista a tantas prerrogativas, muitas pessoas não sabem lidar com essa situação e exageram em atividades físicas que, em alta intensidade, cataboliza as fibras musculares e pode acarretar um acúmulo de gordura nos tecidos. Em uma segunda análise, doenças psíquicas tornaram-se frequentes na modernidade, pois, em vista aos padrões estéticos impostos pela mídia, faz gerar um sentimento de insatisfação em determinados grupos que se preocupam apenas com a aparência. Como exemplo, segundo pesquisas realizadas pela Organização Mundial da Saúde, foi mostrado um aumento de 47% dos casos de Bulimia nos últimos dez anos, que é um transtorno, em que os indivíduos após se alimentarem, estimulam o vômito. Nesse sentido, torna-se notório que a participação do Estado é mister para reduzir os empecilhos que acometem a sociedade e geram a cova da população, como a prática de exercícios sem acompanhamento profissional e às doenças que comprometem a vida dessas pessoas. Diante disso, portanto, percebe-se a importância do Estado na tentativa de inibir os interesses da burguesia que faz parte do mercado estético. Para isso, cabe ao Poder Legislativo e o Executivo, em parceria com a OMS, criar e aplicar leis que criminalizem às publicidades que visam proporcionar a perfeição, para que, além de reduzir os ideais consumistas e narcisistas, possa aumentar às chances de atenuar os obstáculos da saúde pública nesse âmbito. Dessa forma, o governo atuará com o intuito de “fechar” a cova que está aberta para a população, podendo solucionar esses impasses contemporâneos.