Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As mídias sociais como impulsionadoras da busca pela perfeição

Redação enviada em 11/09/2018

Segundo Michel Montaigne, filósofo francês, a sociedade marginaliza ações e comportamentos que não condizem com os padrões sociais. Nesse contexto, evidencia-se este pensamento no âmbito da influência exercida pelas mídias sociais, uma vez que propagam ideais de felicidade que atingem o psicológico dos usuários, criando estereótipos de vida a serem seguidos. Dessa forma, aqueles que não se enquadram nessa realidade fictícia e virtual, tornam-se segregados, podendo desenvolver distúrbios neurológicos que, por conseguinte, afetam o bem-estar da população. De acordo com um estudo realizado por profissionais integrantes do Conselho Federal de Psicologia, baseado em análises e debates sobre o mundo contemporâneo e digital, o desenvolvimento de transtornos de personalidade, depressão e ansiedade, podem ter suas origens na busca pela perfeição no mundo virtual. Portanto, uma vez que a imagem projetada nas redes sociais não está de acordo com o estado do eu real, cria-se uma atmosfera de falsa felicidade, na qual, a competição em demonstrar quem está mais feliz, torna-se mais importante que a busca efetiva por essa sensação. Sendo assim, são formados indivíduos fragilizados e dependentes da aprovação do mundo cibernético, vinda pela quantidade de "likes" conseguidos em uma publicação. Outrossim, as mídias sociais ditam padrões de beleza que, geralmente, envolvem pessoas utilizam produtos que estão na moda. Desse modo, cria-se uma necessidade de consumo sobre essas mercadorias, onde, os usuários acreditam que ao possuírem e utilizarem esses itens também estarão inseridos no grupo de pessoas que acompanham as tendências do mundo digital. Assim, a individualidade e diversificação cultural são colocadas em risco, posto que a alienação da população cresce, juntamente, com a divulgação desses comportamentos padronizados. Dessarte, indubitavelmente, medidas são necessárias para conter o avanço da influência digital sobre a vida pessoal dos usuários. O Ministério da Educação deve investir parte das verbas destinadas ao aprimoramento do ambiente escolar em projetos que disponibilizem consultas com psicólogos dentro das escolas, visto que os jovens são os mais atingidos por essa problemática. Estes profissionais devem orientar os educandos sobre a importância de estabelecer relações reais em detrimento das virtuais, visando edificar um pensamento social que baseie-se na busca pela felicidade real e não pela propagada pelos meios de comunicação. Logo, a sociedade não mais segregará as diferenças sociais e, sim, irá respeitá-las e incorporá-las à cultura nacional.