A arte, ao longo dos séculos, esculpiu e evidenciou o padrão de beleza vigente da época, justificando a forma física a serviço de propósitos sociais, religiosos e militares. Na antiguidade, por exemplo, o corpo era a arma capaz de garantir a sobrevivência através da caça e defesa depredadores, nos séculos seguintes a religião o considerou sagrado, proibindo a sua dissecação e o estudo do mesmo. Na Grécia, a educação física foi considerada essencial na formação do homem, que treinava desde criança para se tornar soldado ou competir em jogos públicos. E hoje, ainda que mais diversificado, existem padrões impostos pela arte, televisão e redes sociais que compelem cada vez mais pessoas a venderem sua saúde mental e física em prol de um modelo idealizado buscando aceitação e inclusão. A perfeição é ditada pela mídia televisiva combinado as redes sociais, essas estampam uma realidade que muitas vezes é infiel a verdade. Fotos no Instagram que exaltam estilos de vida ilusórios, blogueiras no Youtube que promovem receitas caseiras capazes de solucionar determinado defeito, filmes em que o protagonista utiliza de um soro para atingir o corpo ideal de um soldado (Capitão América). Além de procedimentos estéticos clandestinos ou desnecessários que podem ser fatais ou deixarem sequelas. A intensa busca pelo estereótipo perfeito também agride a saúde mental, é comum casos que envolvem depressão pela falta de auto aceitação, podendo levar até mesmo ao suicídio. Como contra ataque surgem movimentos que pugnam contra um padrão único de beleza. O feminismo, ainda que não seja apenas voltado para isso, demanda a liberdade da mulher acerca do que antes era considerado obrigação, como a depilação, que deve ser facultativa. Diante dos argumentos apresentados, é notório para o bem estar social a necessidade de uma desconstrução dos critérios adotados como padrão. Para tal, a mídia deve atuar com propagandas que enaltecem diversos tipos de belo, que valorizem mais o natural ao artificial, em conjunto com a educação que deve ministrar palestras nas escolas que tenham base na auto aceitação do corpo, assim como ajuda psicológica aos jovens que se sentem deslocados visando o fim da ditadura da beleza e a aceitação do diferente.