A criação da internet trouxe muita facilidade para as relações pessoais e comerciais estabelecidas no mundo. Por outro lado, as mídias sociais se tornaram um comércio perigoso, onde se vende uma falsa imagem de perfeição, incentivando o consumismo exagerado. Com isso, doenças estão se agravando, como a depressão, pois as pessoas veem a vida do outro como sinônimo de felicidade e não enxergam a sua da mesma forma. Cerca de 50% da população mundial tem acesso a internet, o Brasil é responsável por 116 milhões de pessoas conectadas, diz o IBGE. Diante disso , as marcas viram uma nova oportunidade de marketing, pessoas com bastante visibilidade nas redes sociais, chamadas de blogueiras (os), são alvo de parcerias com essas empresas, divulgando os produtos em troca de dinheiro. Essa prática tem elevado consideravelmente o consumismo, porém nem todas usam os produtos, nem todas possuem a vida que postam. Tornou-se comum publicar apenas o que lhe convém, a vida feliz, sem problemas, o celular do ano, sem se preocupar como isso será visto e absorvido pelo público. São raros os casos como o da blogueira australiana Essence O'Neil, que cansou da vida de aparências e resolveu mostrar a real vida por trás das fotos perfeitas. Nessa busca pela perfeição, as pessoas tem se tornado cada vez mais dependentes das internet. Estudos mostram que isso é totalmente prejudicial à saúde mental, atrelando a diversas doenças, como a depressão. A busca incessante por esse padrão de vida vendido pelo corpo perfeito, por produtos milagrosos, tem influenciado negativamente milhares de pessoas que quando não conseguem alcançar essa vida de rede social, se frustram e se sentem incapazes, sendo que na verdade todo mundo tem problemas e não existe perfeição. Diante do exposto, como destaca Nietzsche, falsos valores e palavras ilusórias: são estes os piores monstros para os mortais. É preciso desatrelar as redes sociais a apenas comércio, limitando o número de postagens pagas durante o mês, fiscalizando, também, a forma como a propaganda é feita e passada para o espectador, deixando claro que é uma troca de serviços, sob pena de multa tanto pra pessoa quanto para a empresa. Outra forma, é encorajar mais pessoas a mostrar a realidade, com todo suporte psicológico, a fim de fazer com que o indivíduo se sinta bem com os seus problemas e defeitos, afinal isso é normal.