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Redação sem título.

Tema de redação: As mídias sociais como impulsionadoras da busca pela perfeição

Redação enviada em 08/09/2018

Em meados do século XX, o movimento de contracultura propiciou uma visão romantizada da juventude devido à discordância diante do moralismo vigente na época. Hodiernamente, o regresso quanto a esse rompimento com padrões culturais garante o fortalecimento de ideais de felicidade e de realização, como os que são propagados pelas mídias sociais. O culto à vida perfeita é transmitida por muitos artistas que, positiva ou negativamente, influenciam os que testemunham seus feitos pela internet, os quais acreditam na crucialidade da exposição cibernética. Entre falsas ideologias e uma vida fingida, resta discutir os impactos e as consequências dessa busca incessante pela ilusória perfeição. Convém ressaltar, a princípio, que o estigma social da vida perfeita é imposto todos os dias. Seja em capas de revistas ou em redes sociais, homens e mulheres fazem analogia à uma vida repleta de mordomias e regalias que os tornam moldes para a realização pessoal. Dessa forma, corroborada pela liquidez das relações sociais, termo retratado pelo sociólogo Bauman, a sociedade tornou-se regida pelo individualismo. o que confere maior instabilidade nos vínculos interpessoais. Tal conjuntura faz com que muitos jovens assumam riscos para aproximá-los desse ideal, o que inclui iniciativas utópicas que podem ser potencialmente perigosas, ocasionando distúrbios psíquicos, como a depressão, e alimentares, como a bulimia. Na perspectiva baumaniana, o diálogo seria o suficiente para discerni-los quanto a superficialidade das redes sociais, o que não ocorre, comprometendo a resolução do dilema. Ademais, a persistência do problema midiático é intrinsecamente fomentado pela omissão da sociedade diante do que é transmitido e imposto como padrão de vida. Em conjunto com a venda do que seria ideal para cada indivíduo, forma-se uma massa de pessoas padronizadas cerceadas a viverem suas próprias vidas da maneira que as convém, impondo estereótipos que as influenciam ao não questionamento, assim, apenas assimilam e se tornam susceptíveis aos interesses privados dos grandes empresários. Nessa ótica, o problema configura-se como um grande problema da pós-modernidade. Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que a mídia diversifique a sua postura diante de diferentes aspectos. Para isso, é papel do Ministério da Cultura aproximar-se desses assuntos por meio de incentivos e parcerias público-privadas com o intuito de minimizar os efeitos que tamanha manipulação pode ocasionar. Além disso, o Ministério da Educação deve, em parceria com as escolas, projetar palestras que conscientizem seus alunos sobre o cenário ilusório que as redes sociais idealizam, a fim de alertá-los sobre os malefícios que influências externas podem ocasionar em suas vidas. Dessa forma, o país se transformará de fato em moderno e preparado para vencer os desafios que sempre estão por vir.