No contexto social brasileiro, ainda que passando por evoluções, dentre os diversos avanços trazidos pelo uso da internet, tem-se a indiscutível aproximação das massas por meio das mídias sociais. Todavia, essa aproximação acarreta buscas pela padronização e idealização de uma vida perfeita. Entretanto, perfeito, segundo o dicionário, significa: se conformar completamente com a descrição ou definição de um tipo ideal, sem especificar qual é esse tipo ideal. Em primeiro ponto, convém ressaltar, o alto nível de exposição nas redes sociais, tanto voluntário quanto involuntário. Uma vez que, o corpo social tem uma visão inferiorizante de indivíduos que não compartilham sua vida, pessoas se sentem na obrigação de serem vistos e aceitos. Para que não sejam excluídos de atividades socioculturais do meio. Outro aspecto relevante é a manipulação da massa. Percebendo o impacto de desejo que causa uma vida perfeita, muitas empresas recorrem as mídias digitais como maneira de chamar atenção para um produto, ou serviço. É comum ouvir-se a expressão “família de comercial de margarina”, que é retratada como uma família perfeita, e mais comum, observar pessoas tentando alcançar esse ideal. Visando aliviar esse conceito alarmante, cabe aos defensores da ética pressionar para que o ministério da educação promova palestras, em escolas, desde a educação básica até o ensino superior, com psicólogos que ampliem a ideia de auto aceitação. Porque na era da globalização, com a aproximação de pessoas, trocas de culturas e hegemonia de padrões, fica cada vez mais difícil aceitar que cada pessoa possui suas próprias características, seus próprios padrões, sua própria perfeição.