Desde a Terceira Revolução Industrial, com o avanço exorbitante da tecnologia nas últimas décadas, as dinâmicas sociais mudaram drasticamente, tornando-se ainda mais voláteis. As mídias sociais, por sua vez, acabam desempenhando um papel significativo para a liquidez moderna defendida pelo filósofo Zygmunt Bauman, uma vez que é nela onde são propagados padrões de beleza quase que inalcançáveis, além de perpetuar uma noção de vida e construção social disruptiva com a realidade. Com relação aos padrões de beleza surreais pode-se notar que, muitos deles são propriamente vendidos em redes sociais de forma indireta(através de fotos, principalmente), mas que ainda sim, são colocados como sendo a única forma de felicidade e a única ideia de sucesso a ser atingida. Dessa forma, os problemas gerados por esse contexto na sociedade se dá no desenvolvimento de pessoas altamente inseguras e com uma propensão muito maior a desenvolver doenças psicológicas, como depressão, pelo fato de nem todas conseguirem se adequar a um único padrão estético. Em relação à disrupção com a realidade provocada nas mídias sociais, observa-se que há uma grande subversão de valores, uma vez que, apenas o fato de possuir e ser propagada nelas, a ideia da existência de uma noção de felicidade única e estática, baseada em bens materiais, já se torna algo extremamente preocupante. Sendo assim, as consequências geradas por isso se apresenta em uma segregação social entre pessoas que conseguem atingir tal padrão de consumo e as pessoas que tentam a todo custo chegar nesse nível. Desse modo, nota-se a necessidade de criar políticas de saúde pública e educacionais a fim de tornar as pessoas mais conscientes daquilo que elas aceitam como normal. Portanto, cabe ao Ministério da Saúde juntamente com Influenciadores Digitais desenvolver campanhas publicitárias nas principais redes sociais, como Instagram e Facebook, com o objetivo de incentivar a diversidade e desconstruir padrões estéticos enraizados. Além disso, o Ministério da Educação deve atuar em um programa de inserção de matérias como, inteligência emocional, na educação básica, com a finalidade de tornar as crianças e adolescentes menos propensos a cair nessas armadilhas sociais.