O início do século XXI veio marcado por grandes revoluções tecnológicas, de forma que, hoje, é difícil ver alguém que não faça parte de redes sociais. Com o uso indevido que é feito dessas, surgem as problemáticas: baixa autoestima e padronização do estilo de vida. Num primeiro momento, é importante destacar que as redes sociais vieram para expandir a comunicação entre os internautas, bem como seu círculo de amizades. No entanto, essas mostram irrealidades aos usuários: pessoas adulteram suas fotos a fim de parecerem perfeitas, o que faz com que outras sintam-se inferiores por não terem as mesmas características que julgam essenciais para uma boa aparência. Segundo levantamento feito pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), 14% dos estudantes brasileiros já colocaram a saúde em risco para entrar em forma. Tal fato é preocupante, visto que as redes sociais são de grande influência para a disseminação de padrões de beleza, os quais jovens fazem de tudo para alcançar. No que diz respeito à padronização do estilo de vida, é fato que se torna uma obrigação consumir o que está na moda, sendo casa, celular e roupas, bem como comportamento. Todo aquele que estiver por fora desses, não será aceito pelos demais indivíduos. Cria-se um modelo de vida perfeita, onde é compartilhado apenas momentos felizes, sorrisos, viagens e relacionamentos. Surge, assim, uma incansável busca, por parte dos usuários, para atingir padrões, já não apenas de beleza, como de vida. Essa procura pela perfeição não é saudável, pois pode gerar frustração no indivíduo, visto que é impossível ter-se uma vida livre de imperfeições e momentos de tristeza. Destarte, as mídias sociais, quando usadas erroneamente, levam à baixa autoestima e insegurança de não ser aceito na sociedade, levando também ao consumismo, o que é prejudicial para o indivíduo. Por isso, espera-se que a mídia utilize da diversidade étnica e cultural, de forma que a sociedade sinta-se representada, a fim de acabar com a propagação do padrão de perfeição, bem como influenciadores digitais devem pronunciar-se sobre o assunto. Outrossim, faz-se necessária a implantação de ajuda psicológica nas escolas, para reverter os danos que são causados, maiormente, aos jovens.