Beleza. Sucesso. Privilégios. Hodiernamente, as redes sociais são permeadas por todos esses fatores. Porém, a busca pela perfeição já é antiga. Isto é, a fase literária do Parnasianismo, por exemplo, já ansiava pelos versos perfeitos e ajustados milimetricamente, sem espaço para falhas. Dessa maneira, a sociedade está habituada a cobrar a excelência, mesmo sabendo que ela não é real. Logo, como na natureza nada se cria tudo se transforma, a cobrança atualmente tem as redes sociais como uma de suas habitações. O problema, no entanto, é que os excessos e buscas homéricas pelas mídias perfeitas têm ocasionado consequências negativas. Primeiramente, os perfis dos usuários das redes sociais mostram o poder da imagem e os esforços das pessoas para mostrar um mundo perfeito. Dessa forma, se tornou comum a popularidade de perfis de pessoas esbeltas e fitness, como é o caso da blogueira Gabriela Pugliesi, que possui milhões de seguidores. Para explicar fascínios como esse, o sociólogo Thomas More afirmou que a sociedade gosta de idealizar e cultivar a noção do perfeito. É importante então, que os indivíduos fiquem atentos e críticos a respeito dos critérios irreais que as redes proporcionam. Em uma segunda análise, a busca desenfreada por uma imagem de sucesso e beleza pode ocasionar sérias consequências. Assim, uma menina de 11 anos cometeu suicídio nos Estados Unidos, porque não se achava bonita o suficiente, de acordo com o site “G1”. Também, Maria Cláudia, ex participante do programa brasileiro “Big Brother 18”, postou um vídeo no “You Tube” afirmando estar cansada das pressões para emagrecer e ficar bonita. Consequentemente, é possível pensar que a eterna perseguição pelo ideal apenas torna as pessoas mais vazias e temerosas da rejeição. Ademais, não se pode mais aceitar que o poder do coletivo, que o sociólogo Durkheim afirmou ser muito forte, cause mais tristezas e fatalidades. Fica claro, portanto, que a busca pela perfeição cunhada pelas redes sociais proporciona prejuízos às pessoas. Para sanar esse problema, podem ser oferecidos nas escolas e universidades, workshops e palestras com filmes e documentários sobre a pressão da indústria da beleza e as mídias sociais com a presença de psicólogos, a fim de que os jovens tenham mais ferramentas para lidar com essas situações. Além disso, as plataformas podem veicular propagandas falando sobre a importância do uso dos perfis de uma forma mais saudável e real. Somente dessa maneira, a sociedade sairá da fase do Parnasianismo e irá para as transformações do Modernismo.