Durante o regime nazista alemão, Adolf Hitler utilizou a difusão de ideologias baseadas na perfeição da “raça ariana” como instrumento de dominação social, estipulando um padrão que deveria ser veemente seguido. De maneira análoga, atualmente as mídias sociais se comportam como verdadeiras ditadoras de estereótipos, os quais são tomados como molde por grande parte dos indivíduos, que não medem esforços para segui-los. Assim, aqueles que por algum motivo não se enquadram no que é exposto, são segregados e tidos como ultrapassados. Primeiramente, deve-se analisar o vasto poder de influência que, cada vez mais, as mídias sociais detêm sobre a vida da população. De acordo com o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, as relações sociais se tornaram fluidas na modernidade, e isso aliado ao empoderamento do mundo virtual contribuiu para que os indivíduos buscassem incessante refúgio nesse âmbito. Dessa forma, criou-se uma necessidade de exposição diária nas redes, sempre alimentando uma concepção idealizada de vida perfeita, a qual muitas vezes não condiz com a realidade de cada um. Em segunda análise, os padrões estereotipados estimulam, também, a constante comparação de modo de vida entre os indivíduos. Segundo dados apresentados pela ONG inglesa Girlguiding através de uma pesquisa feita com meninas entre 11 e 21 anos, um terço delas revelou constante comparação entre as vidas expostas nas redes sociais, relatando o efeito negativo deste ato sobre seu bem-estar. Assim sendo, fica explícito que a ditadura midiática gera indivíduos com baixa autoestima, problemas psicológicos, danos na saúde física, em decorrência da busca pelo “corpo perfeito”, e, sobretudo, frustrados por muitas vezes não conseguirem se igualar ao padrão. Diante do exposto, torna-se evidente a necessidade de atenuar a influência midiática nociva sobre os indivíduos. Segundo o sociólogo Gilberto Freyre, sem um fim social o saber se torna a maior das futilidades. Logo, é recomendado que o Governo Federal promova a fiscalização, por intermédio de profissionais especializados, do conteúdo apelativo exposto pela mídia, proibindo aquele que possui caráter abusivo ou alienante. Além disso, a disseminação de palestras nas escolas e universidades que visem a valorização da alteridade de cada indivíduo, respeitando as individualidades e estimulando a autoestima, principalmente das mulheres, que mais sofrem com o padrão estereotipado que é seguido .