“Vendido a preço de banana, já não olha mais pro samba, está estudando propaganda”. Com essas palavras a faixa intitulada “Tom Zé Mané” abre o EP do músico Tom Zé: “Tribunal do Feicebuqui”. Nome esse dado de forma irônica para apontar os inúmeros julgamentos sofridos pelo artista ao narrar uma propaganda para marca Coca Cola. No ambiente musical, Tom nos mostra como as mídias sociais podem são ser grandes influenciadoras do comportamento humano e isso só levanta uma antiga questão: o quanto as mídias são responsáveis pela busca da perfeição? Segundo a Sociedade Brasileira de Psicologia existe um fenômeno cultural que é seguir aquele que consideramos bem-sucedido. Queremos segui-lo, imita-lo ou se relacionar com essa pessoa. Por outro lado, muitas pessoas não postam momentos ruins da sua rotina, somente a alegria mais espontânea. Dando-lhe a impressão de que a vida do outro é perfeita e a sua com sofrimentos seja a errada. O que por sua vez intensifica o complexo de inferioridade. Estudo realizado pela Sociedade Real para Saúde Pública na Grã-Bretanha, foram avaliados aplicativos sociais no quesito ansiedade, bullying, depressão, solidão e imagem corporal e no topo da lista encontrou-se o Instagram e Snapchat. Pode-se dizer que devido essas plataformas serem bastante focadas na imagem. Concluiu-se também que 90% dos jovens usam redes sociais o que os torna especialmente vulneráveis aos seus efeitos nocivos desses aplicativos. Com base nessas descobertas, seria necessário que as plataformas responsáveis criassem um aviso para os usuários indicando o uso excessivo da rede. Sinalizar, na própria imagem, caso seja detecta alguma manipulação na foto. E que a OMS em parceria com as redes sociais criassem campanhas de conscientização repassando os dados sobre a saúde mental e como se “blindar” na hora de navegar na internet.