É evidente que assim como a felicidade, a busca pela perfeição sempre foi uma característica do homem. Na literatura por exemplo, a perfeição foi uma marca oriunda do período Clássico, sendo retomada fortemente no Parnasianismo. Tal período foi duramente criticado, pois a estética superou a temática, logo os problemas sociais foram negados. De maneira análoga, após a expansão da cultura virtual, as mídias se tornaram grande espaço de ostentação de "felicidade", provocando comparações e assim como no Parnasianismo, uma forma de negação da realidade vivida. Em primeiro lugar é necessário ressaltar que no passado as revistas e a televisão expandiam as tendências e os estereótipos, como o corpo perfeito de Marilyn Monroe. No entanto atualmente, as mídias sociais, como o Instragram, aplicativo de compartilhamento de fotos, são usados por toda a população, desde a classe pobre a mais rica. Desse modo, a exibição dos melhores ângulos da vida dessas pessoas é fator de infelicidade para aqueles que encaram as fotos e comparam com a sua vida. Sendo os jovens os mais afetados segundo a pesquisa da ONG inglesa Girlguiding , logo esse imbróglio é alarmante, dado a instabilidade psicológica dos juvenis para lidar com comparações e os anseios de suas vida, podendo gerar depressão e suicídio. Outrossim, a série Black Mirror retrata de maneira explicita a utilização de redes como forma de demostrar uma felicidade maquiada, posto que muitas vezes o que é postado não reflete o real estado emocional da pessoa, sendo uma forma de autonegação da realidade. Desse modo, as aparências se tornam mais importante que o próprio "ser feliz", sendo uma marca da sociedade capitalista, guiada pelo consumismo exacerbado a que o Brasil está inserido. Então a adesão de um grande contingente de brasileiros é explicada pelo sociólogo Émile Durkhein, posto que para ele um fato social é visto como uma forma de agir e pensar que exerce uma influência exterior, o que comparado a a realidade exposta, se mostra incontrovertível. Exposta a problemática, fazem-se presentes medidas para conter a busca pela perfeição advinda das redes sociais. Consoante ao pensamento do filósofo Immanuel Kant "o homem é o que a educação faz dele", o Ministério da Educação deve iniciar uma campanha nacional nas escolas, levando psicólogos para dar palestras que façam os jovens refletir intensamente sobre toda a questão da vida virtual e a necessidade de buscar a felicidade no mundo "real", ou seja, em sua própria vida e nas realizações alcançadas. Não somente isso, o mesmo órgão deve enviar cartilhas socioeducativas às famílias com o intuito de que possam aconselhar os filhos no ambiente virtual e reduzir a depressão e os suicídios. Só dessa forma, utilizando os métodos adequados o parnasianismo virtual não será uma realidade no Brasil.