Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais é característica da "modernidade líquida", vivida no século XX. Como resultado, adota-se como referência padrões impostos pela cultura do consumismo, que promovem incertezas em nossas relações de bem-estar, o que reflete essa realidade. Nas últimas décadas, com o advento da Terceira Revolução Industrial e com os moldes sociais modificados, apenas momentos satisfatórios são propagados no corpo coletivo, levando ao indivíduo a aderir a um padrão de felicidade inexistente, em síntese, as mídias sociais apresentam uma "perfeição seletiva". Em segunda análise, as pessoas são facilmente influenciadas por correntes de tendências e, ao abordarem influenciadores digitais, tomam tais conceitos como verdade absoluta e inapropriadamente fazem comparações com a sua própria vida, por consequência, doenças como depressão e ansiedade são adquiridas nesse processo. O combate à liquidez citada inicialmente, a fim de combater o avanço da busca pela falsa perfeição, deve tornar-se efetivo, visto que doenças podem ser adquiridas por comparações a esse mundo ilusório. Sendo assim, desde que haja parceria entre governo e mídias sociais, através de campanhas alertando ao perigo do vangloriamento das redes sociais como base de comparação, será possível amenizar o problema, construindo uma sociedade mais fiel a uma modernidade sólida.