Com o advento da Revolução Tecnológica, conhecida como Terceira Revolução Industrial iniciada em meados do século XX, surgiram ferramentas virtuais como as mídias sociais que visam o entretenimento mútuo de seus usuários. Entretanto o uso exacerbado dessas pode desencadear uma busca ilusória por perfeição. Em primeira análise, vale ressaltar que a internet era acessada apenas por comunidades científicas vinculadas às universidades, objetivando criar plataformas para fins de pesquisas. Todavia, fatores como a exploração comercial aceleraram o processo de disseminação da rede e o intercâmbio de informações. Nesse sentido, as mídias sociais possuem um papel fundamental dentro da sociedade contemporânea, pois aproximam pessoas em comum baseando-se no perfil do usuário que funciona como um “currículo vitae”, uma vez que contém informações relevantes sobre os envolvidos. No mais, tal perfil transforma-se direta ou indiretamente num processo de seleção do qual as pessoas “escolhem” as outras, a partir de preferências pessoais, bem como o porte físico e a cor dos olhos, a fim de encontrar “deuses gregos” fora do Olimpo. Além disso, uma pesquisa realizada pela Girlguiding, ONG inglesa, revela que mais de mil meninas, entre 11 e 21 anos, têm como principal preocupação a comparação entre a sua vida e a vida alheia através das mídias sociais, tendo em vista que esses recursos fazem do universo virtual um mundo ideal cujas pessoas são felizes o tempo todo e não há problemas como no mundo real. Desse modo, portanto, prejudicando o bem estar social e a saúde psicológica dos usuários compulsivos causando, muitas vezes, doenças como a depressão, haja a vista a ideia de que o mundo real é injusto e o virtual não. Evidencia-se, destarte, que medidas são necessárias para atenuar essa problemática de cunho, sobretudo social. Sendo assim, a família possui função indispensável no sentido de verificar e observar os conteúdos virtuais consumidos por seus filhos, a fim de compreender a “situação-problema” e, consequentemente, agir de modo a ajudá-los. Nesse ponto, conversas periódicas acerca do assunto e o controle ao acesso demasiado às redes sociais são praticas essenciais para a mitigação das fantasias existentes na dimensão utópica da internet.