As mídias sociais têm estado cada vez mais presentes na vida cotidiana contemporânea. O número de adeptos a esses meios de comunicação crescem de maneira exponencial. A todo o momento, milhares de coisas são postadas nas páginas dos inúmeros usuários, informações sobre os diversos assuntos: beleza, bem estar, viagens, saúde, lazer, trabalho e mais uma infinidade de acontecimentos. Mas, como qualquer outra inovação, essas médias têm seu lado positivo e negativo. As redes sociais chegaram de forma bem espontânea e se expandiram de maneira surpreendente. Elas contribuem muito para socialização e interação de indivíduos que se encontram, geograficamente, distantes uns dos outros, além de ter um papel importante na disseminação dos mais variados tipos informações – que devem ser checadas e avaliadas antes de serem compartilhadas. É indiscutível que esses mecanismos de interação influenciam, diretamente, as vidas de muitas pessoas, tanto de modo positivo quanto negativo. Além da contribuição positiva que a mídias sociais proporcionam na vivência dos indivíduos, ela também impacta, negativamente, nesse cotidiano. Muitas pessoas, em busca da perfeição – na ótica da estética – se submetem a procedimentos que podem acarretar danos irreversíveis à saúde. Com a grande obsessão pela utópica perfeição, os indivíduos perdem seu senso crítico e se sujeitam a processos extremamente incoerentes, como aplicar silicone industrial no corpo, sem de darem conta do quanto aquilo pode ser prejudicial à saúde. O fato de as pessoas verem, constantemente, os corpos e rostos “perfeitos” e felizes nas redes sociais, contribui para aguçar a vontade dos espectadores de chegar à essa “perfeição”. Enfim, as mídias sociais fazem parte de um pacote de inovações que impacta tanto positiva quanto negativamente no dia a dia das pessoas. Em virtude do expressivo negativismo que as redes sociais têm trazido para a vida de alguns milhares de indivíduos, faz-se necessário desenvolver um trabalho associado entre o poder público e a sociedade para tratar desse assunto. Dessa forma, cabe ao governo federal, em face do Ministério da Saúde, criar e divulgar campanhas mostrando que a “perfeição” é uma utopia, para alertar os cidadãos sobre os danos psicológicos e da saúde do corpo que a busca pela perfeição pode causar. Ademais é de competência dos pais e familiares de cada ser humano identificar qualquer tipo de desvio de comportamento das pessoas com predisposição a esse tipo de problema. E, por fim, é necessário criar meios de tratar e acompanhar os cidadãos que estão vivenciando, por conta da busca insana pela plenitude estética, esse distúrbio emocional . Para isso, deve ser criado no CRAS – Centro de Referência de Assistência Social – dos municípios uma equipe compostas por profissionais como psicólogos e assistentes sociais para acompanharem essas pessoas.