As novas tecnologias de comunicação e de compartilhamento de informações muito contribuíram para facilitar o cotidiano da sociedade, encurtando distâncias e acelerando interações entre indivíduos. No entanto, a generalizada inserção das pessoas, principalmente dos jovens, ao mundo virtual tem trazido consequências diretas ao mundo real, considerando a atuação das redes sociais como multiplicadoras de padrões inatingíveis de estilos de vida. Sendo um animal de sociabilidade bem desenvolvida, o Ser Humano, desde seus primórdios evolutivos, sempre esteve em busca de variados atributos que lhe garantissem credibilidade em seu ciclo social. É certo que, ao longo da história, tais atributos mudam, contudo, esse comportamento, no geral, tende a se conservar ou até mesmo se intensificar com a modernidade. Assim sendo, os usuários das atuais mídias sociais, expostos a um mundo virtual totalmente distorcido da realidade, se veem obrigados, mesmo que involuntariamente, a comparar - de forma injusta - estilos de vida, o que fatalmente produzirá um complexo artificial de inferioridade. Ademais, quando se diz respeito aos jovens, a questão apresenta ainda mais seriedade, já que, em idade de descobertas e decisões, uma eventual insegurança social está deveras associada ao desenvolvimento de problemas como distúrbios alimentares, abuso de esteróides ou depressão. Dessa forma, fica evidente a necessidade de um trabalho educacional na mitigação da questão. A participação da família nesse processo é de importância fundamental, já que, ao previnir cada vez mais cedo uma eventual dependência tecnológica, torna-se possível - no futuro - o desenvolvimento de Seres Humanos mais conscientes, com noção das diferenças entre mundo real e virtual. Assim, para que tal medida seja, de fato, colocada em prática, é prudente que os pais tenham um maior controle sobre os filhos no tocante à utilização das redes sociais, sendo de bom tom um estabelecimento de limites ao tempo de uso, além de vigilância constante.