A busca pela perfeição é algo historicamente presente na sociedade humana. Na literatura parnasiana, no século XIX, já se observava traços desse ideal humano, nesse caso, pela palavra perfeita. Atualmente, o quadro é outro, urge um anseio social agora pertinente a uma vida plena, consumismo desenfreado, ostentação de bens materiais, corpos perfeitos, amizades perfeitas, viagens perfeitas, diversões "sem momentos de tristeza" ou da própria neutralidade, fato incentivado pela mídia, por meio do marketing, e que contribui para uma vida de insatisfação e repleta de aparências no mundo digital vulgo redes sociais. Além disso, a influência das mídias sociais é tão séria que, em alguns casos, pode gerar nos indivíduos uma frustração e tristeza enorme, o que, segundo a medicina, deixa o corpo mais propenso ao desenvolvimento de diversas doenças, como a obesidade, depressão, anorexia, entre outras. Desse modo, a atuação dessas plataformas digitais tem levado milhares de pessoas a esse cenário doentio, visto que molda o pensamento dos telespectadores a pensarem que o ideal é o ser perfeito divulgado por elas, o que é totalmente errado, já que a medicina afirma que cada indivíduo tem um metabolismo próprio, sendo as pessoas formadas por diferenças físicas. Pontua-se, ainda, que a consequência direta desse problema se perfaz na insatisfação pessoal. Isso se dá porque a felicidade e satisfação pessoal dos indivíduos ficam condicionados à bens materiais. Segundo informações apresentadas pelo Datafolha, em uma pesquisa sobre metas e projetos a serem alcançados em 2018, mais de 65% dos entrevistados tiveram suas respostas atrelada a bens de consumo. Desse modo, é necessário a necessidade de reparar a influência negativa que as redes midiáticas possuem sobre os indivíduos. Destarte, é necessário que o Governo Federal, por meio do poder legislativo, discuta e implemente uma lei a qual assegure propagandas que exponham somente a utilidade do produto ou serviço sem transformá-lo, com o marketing excessivo, em ideal de vida. Assim, os indivíduos passarão a adquirir bens que realmente necessitam e não condicionarão sua felicidade a eles. Além disso, é imprescindível, também, que o Ministério da Educação distribua, nas escolas, cartilhas e gibis educativos que versem sobre a importância de entender que a satisfação pessoal deve existir sem o materialismo. Isso deve ser feito por meio de personagens que demostrem felicidade, por exemplo, com demonstração de afeto e alteridade. Dessa maneira, a educação assumirá um caráter prático para ajudar as pessoas.