Não é surpresa que as mídias sociais impulsionam a busca pela perfeição, uma vez que essas são locais repletos de felicidades e vidas inverídicas, que se acumulam a cada dia mais, devido ao ciclo vicioso de competição e comparação com a vida alheia. Tal ciclo acontece como uma forma de “mascarar” as fraquezas das pessoas, duplicando as fases de felicidade sobre as fases de tristeza, para que se solidifiquem em um único bloco: a vida perfeita. Analogamente, as perfeições que os indivíduos buscam atingir também são baseadas nas propagandas, já que são muitas as presentes em tais mídias, comparando o consumo de tal produto com a “felicidade real”. Reforçando esse ponto, uma pesquisa realizada pela ONG Inglesa Girlguiding constatou que uma a cada três jovens tem como maior preocupação comparar a sua vida com a de outras pessoas, se utilizando para isso as redes sociais, afirmando também, que esse hábito está afetando o bem-estar delas. Isso acontece, pois essas jovens percebem que suas vidas não são comparáveis às que elas vêem o tempo todo na palma da mão. Portanto, a melhor forma é conscientizar as pessoas de que uma vida normal sempre tem duas fases inconstantes, por isso o Estado deve implementar o “Todos sob o mesmo teto”, uma série de vídeos de curta metragem, que será amplamente divulgada nas próprias mídias sociais, atingindo os principais afetados. Além disso, esse programa mostrará o impulsionamento que as mídias fazem, trazendo como personagem uma jovem chamada Maria Júlia, que como muitos, também sonha em consumir produtos desnecessários a fim de alcançar a tal “vida perfeita”. E, com essa estratégia, impedir com que milhões de pessoas se tornem as jovens entrevistadas.