Com a 3° Revolução Industrial, é inegável que o desenvolvimento da tecnologia e dos meios de comunicação trouxe um aumento na relação das pessoas, acontecendo praticamente de forma instantânea atualmente. Entre esses meios, pode-se destacar o crescimento das “mídias sociais”, que são plataformas virtuais para o compartilhamento de conteúdos e interação entre os indivíduos, sendo usadas por 42% da população mundial. Entretanto, as redes sociais também trouxeram uma necessidade de exposição cada vez maior da vida pessoal, esta atrelada a “felicidade virtual” e a “vida perfeita”, camuflando problemas que existem na vida real do cidadão. O homem sempre buscou a perfeição em todos os aspectos da vida. Na Grécia Antiga, via-se no mito de Narciso um exemplo, que era apaixonado por si mesmo e possuía um elevado ego, que o levaram ao seu afogamento. Tal caso pode ser observado na atualidade, em que as pessoas buscam as “selfies” perfeitas e a foto ideal para uma satisfação pessoal,em que as curtidas e comentários dão essa ilusão de felicidade. Além disso, essa janela virtual que mostra apenas a “vida perfeita” do sujeito gera uma série de problemas para os que estão dependentes e ligados a elas, como o isolamento social e a depressão, atingindo cerca de 8% de jovens americanos, segundo a revista Forbes. O Brasil ocupa a 3° posição entre os países que mais utilizam as redes sociais. Tendo em vista os aspectos observados, a Unesco em conjunto com o o Ministério da Educação e as próprias mídias sociais mais populares, como Facebook e Instagram , devem realizar campanhas de enaltecimento da vida real, igualdade e aceitação da valorização pessoal, em escolas, empresas e mídias, além de um maior controle no acesso, com limitação de horas diárias. O Ministério da Saúde deverá disponibilizar psicólogos para ajudar aos que precisam de apoio, explicando e mostrando que a vida não deve ser feita por buscas de perfeições.