Pode- se afirmar que em razão dos grandes avanços tecnológicos, as últimas gerações vêm tendo um contato direto, e muitas vezes excessivo, com diversos meios de comunicação. Tais que, afetam principalmente jovens, não só, mas também pessoas de todas as faixas etárias, que perdem horas do dia se preocupando e vivendo um perfil na rede social. Onde expõem uma vida perfeita, e sentem necessidade de mostra-la para todo mundo, tal busca vem acarretando diversos problemas de saúde, principalmente mentais. Não é de hoje que as tecnologias chegam ao alcance da população, mas ao decorrer dos últimos anos, ela vem abrangendo grande parte da população mundial, o que de certa forma, conecta as pessoas digitalmente, mas as desligam do mundo real. Rousseau disse que “O homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado”, frase que se encaixa perfeitamente com o momento que estamos vivendo, onde os homens vivem acorrentados às tecnologias, deixando de lado meios como familiar e o social. Isso fica evidente ao vermos pais deixando de aproveitar momentos da infância de seus filhos, deixado de educa-los e até mesmo permitindo o acesso de eletrônicos para distraí-los desde os primeiros meses de vida. Esse contanto excessivo desde a infância, pode causar, na maioria das pessoas, um vício a esse mundo tecnologico pelo resto da vida, o que no mundo de hoje se tornou algo tão comum que passa despercebido, mas que acarreta problemas na maior parte da vida das pessoas. Em decorrer de estarem tão conectadas, muitas delas não sabem lidar e, ou preferem os esconder, o que se torna um problema ainda maior que pode afetar até mesmo a saúde mental. Paralelo à isso o número de suicídios no mundo é algo que cresce exponencialmente, onde muitos estão ligados diretamente a uma busca de vida perfeita que se mostra nas redes sociais, o que atrai muitos jovens. O suicídio já é a segunda causa de morte no mundo entre jovens entre 15 e 29 anos, segunda a Organização Mundial de Saúde (OMS), e uma série que retratou isso muito bem foi a “13 Reasons why”, lançada pela Netflix, que mostrou a vida de uma adolescente que teve sua intimidade exposta na internet, não só, mas também sofria bullying e se suicidou por esses e outros motivos. Tal série teve uma critica muito forte por influenciar o suicídio, mas também acolheu jovens que perceberam que precisavam de ajuda profissional por estarem vivendo com um problema emocional. Jovens também sofrem com problemas emocionais por sofrerem bullying por sua aparência, escolha sexual, e até mesmo por terem estilos de vida diferentes ao padrão da sociedade. Fica claro, dessa forma que o maior motivo de suicídio atualmente é a influência digital na vida dos jovens, e faz-se necessário ajuda profissional, e principalmente familiar, onde pais e familiares devem estar atentos a exageros do uso de mídias pelos jovens, não só, mas também aos sintomas de depressão e outras doenças, que podem ser facilmente identificadas. Outro método que deve ser implantado em escolas, é um que divulgue todas as consequências de se ter uma vida extremamente conectada, podendo ser feito pelo Ministério da Saúde, em conjunto ao Ministério da Educação, para tal informação chegar ao alcance dos jovens. Tudo isso a fim de alertar a população desse problema tão abrangido atualmente, e consequentemente diminuir problemas de saúde e até mesmo reduzir os números de suicídio por tal causa.