Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As implicações da automedicação na cultura do brasileiro

Redação enviada em 19/08/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto quando se observa a pratica de automedicação, no Brasil, hodiernamente, verifica-se que este ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática, e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela venda livre de medicamentos, seja pela precariedade do sistema de saúde pública. É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política de ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado pela sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a venda livre de medicamentos rompe essa harmonia, haja vista que, a partir do momento que a venda de medicamentos sem receitas médicas é uma condição legal no país, podem traz riscos à saúde como: intoxicação, dependências e até mesmo atrasos e dificuldades no diagnóstico de doenças. Outrossim destaca-se à deficiência da saúde pública como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é a maneira de agir e pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de raciocínio, observa-se que, é dever do Estado propor um sistema de saúde com atendimento rápido e eficaz, uma vez que, de acordo com o “G1” o prazo de espera por consultas chega a um ano, isso desmotiva o paciente, que por sua vez, se automedica. Fica evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Estado junto com o Ministério da Saúde, deve elaborar leis que visem a proibição total à vendas de remédios sem prescrição medica e aplicar melhorias no Sistema Único de Saúde (SUS). Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo o Ministério da Educação deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por médicos, que discutam o combate a automedicação no Brasil, afim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva à realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.