Título da redação:

Os impasses da automedicação

Tema de redação: As implicações da automedicação na cultura do brasileiro

Redação enviada em 07/03/2018

Indubitavelmente, a automedicação é um impasse que está enraizado na cultura brasileira. É notório que, além do fator cultural de se auto medicar, existem outras causas que levam brasileiros a realizar esta prática, como o fácil acesso à alguns medicamentos influenciado pelas corriqueiras propagandas de fármacos e o pequeno grau de instrução sobre os efeitos colaterais de determinados medicamentos. Destarte, torna-se um problema social com necessidade de resolução. De fato, é habitual do brasileiro, ao sentir determinadas dores, realizar a automedicação. Contudo, a cultura de exercer esta pratica acarreta diversas consequências ao indivíduo que se automedica e à coletividade. Exemplifica-se, através do surgimento das “superbactérias”, estas que evoluíram a ponto de resistir a certos antibióticos. Desse modo, é perceptível que a aparição destas bactérias é consequência de uso incorreto de medicamentos, pois ao ingerir um antibiótico sem a prescrição correta, um indivíduo torna propício o desenvolvimento destes organismos. Assim, a coletividade e o cidadão em questão tornam-se vulneráveis a uma doença mais grave devido à ingestão errônea do fármaco, demonstrando que a automedicação deve ser combatida por trazer males à sociedade. Certamente, além da falta de acessibilidade por grande parte da população brasileira a atendimento médico, nota-se a presença das propagandas de remédios como estimulo a automedicação, principalmente à parcela da sociedade com baixo nível de orientação. Neste contexto, enquadra-se a fábula de Esopo: O lobo em pele de cordeiro. A expressão refere-se a caracterização de algo, pelo exterior, como bom, mas que não é na realidade, podendo ser feita, então, uma analogia com as propagandas de medicamentos, que demostram que a ingestão dos mesmos cessará a dor, mas que de fato, sem a prescrição correta do fármaco, pode gerar ainda outras doenças e alergias. Diante disso, deve-se agir a respeito da mazela: a automedicação. Portanto, uma medida a ser tomada é a venda de uma quantidade fracionada de remédios, que dure somente pelo prazo indicado na prescrição do mesmo a fim de evitar a sobra de fármacos, visto que o excedente de medicamentos é normalmente preservado pela população que o utiliza posteriormente para a automedicação. Outrossim, outra proposta é a diminuição das propagandas de venda de medicamentos, sendo estas substituídas pela veiculação de informações à população dos efeitos do automedicamento. Desse modo, as redes televisas e radiofônicas, devem expor as consequências deste ato e orientar a sociedade o que fazer em casos de doença. Além disto, o investimento governamental em postos de saúde deve ocorrer, para que, então, o problema seja sanado.