Título da redação:

Intolerância ao desconforto ou ligeira conveniência?

Tema de redação: As implicações da automedicação na cultura do brasileiro

Redação enviada em 28/08/2017

A crescente intolerância ao desconforto ou até mesmo pela ligeira conveniência, a automedicação vem sendo considerado um problema de saúde pública no Brasil, visto que o uso abusivo de medicamentos pode não só potencializar o agrave dos sintomas, bem como mascarar outras mais graves. Logo, a falta de informação e o acesso insuficiente a hospitais colaboram para o aumento desta prática e as consequências refletem na saúde da população em geral. É comum que, ao sentir incômodos como dores de cabeças ou sintomas virais como a gripe, o brasileiro se sinta impulsionado a buscar alívio imediato por meio da automedicação, e, por conseguinte, gerar reações alérgicas, dependências, além da complicação da possível interação com outros medicamentos utilizados em outro tratamento. À vista disso, as consequências reproduzem-se no bem-estar público, como o aparecimento de superbactérias (mais resistentes aos antibióticos comuns), causadas pelo uso indiscriminado dos antibióticos. Além disso, a falta de informação e postos de atendimentos ocasionam efeitos prejudiciais na saúde, posto que segundo dados do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTC) evidenciam que, três em cada quatro brasileiros tem a automedicação como um hábito. Dessa forma, se faz necessário maior investimento do Governo Federal no setor da saúde pública, a fim de melhorar e dinamizar o atendimento médico. Ademais, ministrar experiências e lições nas escolas desde a pré-infância sobre os males da automedicação, bem como conscientizar toda a população por meio da mídia acerca do que esta prática pode acarretar a saúde de todos. Compreende-se, portanto, que a automedicação é uma realidade brasileira que precisa ser revertida, para que a saúde da população seja preservada.