Título da redação:

Enraizamento cultural como definidor da saúde pública no país.

Tema de redação: As implicações da automedicação na cultura do brasileiro

Redação enviada em 03/04/2016

Se mantendo assíduo ao longo da história, o embate histórico entre razão e empirismo sempre se fez presente. Em referência a dicotomia entra essas variantes, temos Immanuel Kant, famoso filosofo prussiano que dedicou grande parte de sua vida ao estudo das formas de conhecimento. Detalhando a existência e importância entre o juízo analítico (racionalidade) e o juízo sintético (empirismo). Nesse contexto, temos as implicações da automedicação como um dos maiores exemplos na contemporaneidade do conflito histórico entre Razão x Empirismo, onde em meio as suas aplicações, são presenciadas as mais variadas consequências. É necessário afirmar, antes de tudo, acerca do grande fator que apresenta argumentos consideráveis que fazem alusão e explicam as mais variadas problemáticas que circundam o país. O Brasil, em sua singularidade, apresenta grandes facilidades no que se refere a acumular e resistir a ideias, teorias e costumes que se fizeram presente na formação do país como estado nacional. O que se defende aqui, é, que, por maior que seja o estado de conhecimento técnico cientifico informacional da população, ainda assim, a sociedade brasileira utiliza o juízo sintético com maior força de expressão. Sendo comportada por um grande contingente no qual apresenta grandes limitações, se negando a aceitar ferramentas racionais confiáveis, ignorando a utilização de medicação sob o auxílio e prescrição médica. A exemplo dessa conjuntura, temos ao longo da história a revolta da vacina, onde a população se revolta, mas posteriormente aceita com grande desconfiança a aplicação de políticas públicas no campo da saúde, sendo obrigatório o processo de vacinação. Neste cenário, outra refente situação, no qual explica conscientemente a grande prática de automedicação no país, é a dada ineficiência das instituições que teoricamente deveriam cumprir com o papel de instruir o ata da medicação à população. O Brasil, comporta inúmeros problemas no campo administrativo, reinando a omissão na manutenção de um dos direitos fundamentais ao indivíduo. A não efetivação teórica no campo prático vivenciado pelas instituições de saúde no país, acabam por impulsionar e influenciar diretamente a automedicação da população. Dessa forma, constata-se ao longo da história o longo histórico de conflitos entre o empirismo e a ciência. A contexto brasileiro, é notória a necessidade da reeducação da população, a fim de promover o rompimento com o enraizamento de métodos não confiáveis de automedicação. A imposição de matérias no ciclo básico das escolas do país, no qual prezem pelo equilíbrio entre o juízo analítico e juízo sintético, fariam com que a população internalizasse a importância de ambos e procurasse métodos mais seguros para promover a manutenção de sua saúde. Para que só assim, seja atingido o equilíbrio entre esses campos como fora defendido fervorosamente por Kant.