A partir de 1928, com a exploração da ciência e do antibiótico moderno, foram formulados vários fármacos que auxiliaram no tratamento de dores e doenças. Diante da descoberta e facilidade encontrada, a automedicação tornou-se uma prática comum entre as pessoas. Porém, um simples ato, em alguns casos visto como solução, pode acarretar em problemas mais graves. Uma pesquisa feita em 2016 pelo instituto de ciências, tecnologia e qualidade, aponta que 72% dos brasileiros se medicam por conta própria. As principais causas para esse número ser tão elevado são as variedades de produtos fabricados pela indústria farmacêutica, a cultura de comodidade presente no corpo social, que enxergam na farmácia um local para a solução dos sintomas, além da grande variedade de informações encontradas na internet, o local em que a grande maioria das pessoas fazem seu próprio diagnóstico médico com base em relatos daqueles que passaram pela mesma situação. De acordo com o Ministério da Saúde, no ano de 2010 a 2015, foram registrados 60 mil casos de internações decorrente do uso de medicação por iniciativa pessoal. Ou seja, ao ingerir dosagens erradas e exceder o indicado, pode causar intoxicação, reações alérgicas, quando não informado sobre as contraindicações, e o hábito pode aumentar a resistência de micro-organismos e inibir a eficácia do remédio, ou até mesmo, gerar uma dependência da fórmula. Portanto, medidas devem ser tomadas e amparadas por agentes diretos formados pela família, escola e mídia. É preciso conscientiza-los através de propagandas, cartazes informativos, palestras no meio educacional, melhorar o Sistema Único de Saúde e incentivar a consulta com especialista da área para orientar e alertar sobre os riscos e consequências. E também, contar com o apoio dos poderes legislativo e executivo para fiscalizarem e cumprirem leis em vigor, para assim, terem cidadãos precavidos sobre o assunto.