A automedicação é uma prática que tornou-se comum hodiernamente. Devido ao crescimento da integração social, bem como a negligência do cidadão para com os perigos da utilização inadequada de medicamentos, o número de intoxicações causadas pelo mau uso de fármacos cresce de forma progressiva. Esse problema, muitas vezes ignorado ou visto como um fato comum, pode trazer consequências graves, como o agravamento da doença e até mesmo dependência química, sendo necessária a intervenção sócio-governamental para alertar a população e conter tal situação. A utilização de remédios sem prescrição médica é uma medida já praticada desde décadas passadas. No entanto, com a facilidade de acesso `a informação atual, a população procura meios mais fáceis de curar patologias vistas por eles como simples, como um resfriado ou uma pequena infecção. Dessa forma, a consulta médica é deixada de lado e utilizada somente como último recurso por grande parte da sociedade. Ainda, veículos midiáticos divulgam propagandas de medicamentos que induzem o consumidor a comprar o mesmo, enfatizando suas qualidades e recursos curativos, mas sem demonstrar claramente suas contraindicações e efeitos negativos. Logo, a compra do medicamento é facilitada e em alguns casos pouco fiscalizada, sendo entregue aos clientes de forma banal e rápida. Ademais, com os conceitos de tipos e funções de fármacos generalizados e já conhecidos por grande parte da população, esta acredita que se está com uma dor em alguma parte do corpo, um analgésico qualquer resolverá seu incomodo, por exemplo. Entretanto, esse é um erro grave cometido por muitos, uma vez que cada medicamento tem a sua funcionalidade ideal e dependente de outros fatores, como a dosagem, faixa etária exigida, entre outros. Além disso, fármacos podem sofrer influências de outros medicamentos, alterando a sua eficácia de forma negativa, inibindo a sua função, ou de forma a potencializar seu efeito. Com a presença de uma gama enorme de enfermidades, é sempre importante e necessária a consulta médica de forma regular. A automedicação é então um problema social agravante que pode prejudicar o paciente e seu tratamento. Portanto, o Estado deve adquirir formas de divulgar alertas no que se refere ao uso de medicamentos sem o consenso médico. Para isso, deve-se usar a mídia como meio divulgador, na qual esta mostre de maneira clara de objetiva os perigos de se automedicar. Isso pode ser utilizado em dramaturgias, propagandas e reportagens, afim de conscientizar a população. Urge ser também necessária uma maior fiscalização pelos órgãos responsáveis da venda de medicamentos sem prescrição médica, afim de diminuir o uso indevido de substancias químicas pela população. A sociedade deve então entender que medicamentos são uma droga controlada e que exigem um profissional treinado e com conhecimentos para indica-los, sendo a consulta médica crucial para quaisquer tipos de enfermidades.