A Escola de Frankfurt criticou severamente a alienação disseminada pela intensificação industrial. Para exemplificar a afirmação anterior, basta avaliar a ampliação de um hábito na rotina dos brasileiros: a automedicação. Assim sendo, essa atitude supostamente inofensiva, estimulada muitas vezes pela carência em informação, pode reservar resultados nocivos, inesperados e estarrecedores. A Revolta da Vacina, que obteve grande destaque durante a República Oligárquica, já demonstrava o despreparo do país, quando o assunto é saúde. Com efeito, o atual cenário vivido, caracterizado por profissionais desqualificados, hospitais sem infraestrutura e a falta de equipamentos para o atendimento, faz com que uma parcela significativa do corpo social busque suas próprias soluções para as problemáticas enfrentadas. Por essa razão, diante de uma mídia repleta de opções para inúmeras dores e patologias, a população torna-se um alvo fácil. Ao se automedicar, um cidadão não percebe que propaga uma prática errônea e perigosa. Além disso, com a falsa ilusão de cura, doenças camufladas podem agravarem-se nesse momento, pois bactérias cada vez mais resistentes tem transformado-se em uma ameaça global alarmante. Em vista do tema abordado, os conselhos regionais de medicina, juntamente com entidades do primeiro setor, são responsáveis por aprimorarem o sistema de saúde através de compromisso e seriedade. A base familiar e pedagógica atreladas a ética dos meios de comunicação devem informar e deixar explícitas as consequências da ação descrita. Com isso, é possível conter o ato em questão de imediato.