A prática frequente de sanar algum incômodo físico com remédios caseiros é algo que faz parte da cultura do brasileiro, mas os remédios naturais vêm sendo amplamente substituídos por medicamentos farmacêuticos, associados a uma atividade que vem ganhando espaço na sociedade: a automedicação. De fato, é muito mais fácil ir em uma farmácia e comprar o medicamento do que passar uma manhã inteira tentando se consultar com um médico por uma simples febre. Muitos pensam dessa forma, aplicando esse tipo de concepção a todo e qualquer sintoma, sem avaliar sua real gravidade; ignorando as consequências que atitudes como essa podem ocasionar. Um exemplo claro é o uso inadequado de antibióticos que resulta na seleção de bactérias resistentes, agravando ainda mais o problema. Acostumados a “se livrarem” de uma dor de cabeça ou febre com remédios inadequados e em dosagens incertas, que muitas vezes nem seriam necessários, as pessoas estão cada vez mais acomodadas diante desse tipo de situação, buscando somente um alívio instantâneo, se esquecendo da lista de resultados maléficas que a automedicação ocasiona. Tal prática se dá em decorrência da concepção de que qualquer tipo de mal-estar é curado com algum fármaco, fato que é incentivado pelas campanhas publicitárias de remédios, que só pensam no lucro diante de toda essa problemática. Sendo assim, é necessária a conscientização da população de que usar medicamentos em excesso e sem prescrição é algo perigoso, podendo gerar a morte; optar por um fármaco deve star entre a últimas das opções e o incentivo a outras formas de cura, como os remédios caseiros, devem se mais disseminados.