A automedicação é uma prática muito presente entre os brasileiros, mas que mascara grandes consequências para a saúde. Mais comumente é praticada em sintomas que se apresentam mais simples como: dores de cabeça ou em qualquer outra parte do corpo, resfriados, tosses, etc. Sintomas simples e aparentemente sem riscos, mas que podem ser parte de um mal muito maior que sem acompanhamento médico e com a automedicação, podem levar a quadros muito piores. O que leva muitos a se arriscarem de tal forma é, além de outros fatores como a facilidade de adquirir medicamentos em farmácias e a superlotação de postos e hospitais que fazem as pessoas procurarem o caminho mais fácil, a cultura da automedicação impregnada na cabeça de muitos brasileiros que pensam que uma simples dor de cabeça se cura com a auto prescrição e isso não acarretará em danos futuros. As ferramentas de busca na internet também são parte do problema, porque propiciam aos usuários que busquem a solução de seus sintomas. Apesar do aviso de muitos sites, os usuários ignoram e se automedicam sem passar antes por uma consulta médica. As consequências não poderiam ser piores, pessoas se viciam nos medicamentos, muitos se intoxicam e ainda há aqueles que compram justamente com o intuito de tirarem suas vidas ou simplesmente para a prática do aborto, o que também coloca sua vida em risco. Outra consequência ocorre no uso abusivo de antibióticos, que gera resistência dos microrganismos que pode ser entendida pela teoria da seleção natural de Darwin: os antibióticos selecionam as bactérias mais resistentes que, por sua vez, geram descendentes também mais resistentes. Um bom exemplo disso é o surgimento da superbactéria, resistente a vários tipos de antibióticos, principalmente os tradicionais. Para que a automedicação acabe, todos os medicamentos devem ser vendidos, obrigatoriamente, somente com prescrição médica, além de haver fiscalização para que isso seja cumprido. Ademais, também deve ocorrer a mudança no modo de pensar da população em relação aos medicamentos, com o fim, por exemplo, dos comerciais que muitas vezes induzem à compra de certos medicamentos. Bem como, evitar a recomendação de vizinhos, amigos e parentes ou mesmo de balconistas de farmácias.