Automedicação: criação de monstros invisíveis No século XXI, se tornou costumeiro que os jornais apresentem notícias alarmantes sobre super bactérias, micro-organismos que se tornam praticamente imunes até aos mais fortes antibióticos. A principal causa desse problema é a automedicação que, no Brasil, remete aos índios e quilombolas, que com uso de componentes naturais criaram uma cultura de auto remediação. Tal fato aliado a elitização da medicina, precariedade dos serviços de saúde e coerção da indústria farmacêutica, corroboram para perpetuação do quadro. Com o advento da indústria farmacêutica, o que outrora era a prática inofensiva de utilizar compostos naturais por parte dos índios e quilombolas, aos poucos se tornou o hábito do brasileiro se automedicar por força das ações coercitivas dos comerciais. Essa ação faz com que os micro-organismos que não perecem, passem a informação genética aos seus descendentes, que se tornam cada vez mais resistentes aos antibióticos. No Brasil os serviços de saúde pública são extremamente deficientes e o acesso aos médicos é, geralmente, condicionado aos que tem alto poder aquisitivo. Isso faz com que, para um indivíduo, seja preferível, muitas vezes, se automedicar e, por tentativa e erro, procurar erroneamente sanar seu problema, do que ter que esperar horas no hospital sofrendo o risco de contrair outras doenças. Entende-se que existe a cultura do brasileiro se automedicar, essa se sustenta por conta das falhas nos sistemas de saúde, economia e educação. Para mitigar o problema o ministério da educação precisa colocar na grade escolar conteúdo que esclareça os riscos de tal costume. O ministério da saúde poderá disponibilizar médicos à população não abastada, que sejam de rápido e fácil acesso, destinados prioritariamente às patologias que estatisticamente apresentam mais casos de auto remediação.