Prática comum, adotada por grande parte da população, a automedicação tem como causas principais a falta de informação e a insuficiência do sistema público de saúde. Tal hábito, de aparência inofensiva, é considerado um problema de saúde pública que deve ser compelido, pois implica em danos ao ser humano que podem leva-lo à morte. Embora a Constituição preconize que o Estado deve garantir o acesso universal à saúde, existe uma exorbitante carência de atendimento médico. Assim, na busca emergencial por uma melhora e ignorantes quanto aos riscos, muitos doentes se automedicam. Entretanto, essa via ilusória pode intoxicar, criar dependência química e camuflar algumas enfermidades. Além disso, o uso de medicamentos como antibióticos por conta própria pode reverter a sua finalidade e agravar a doença. Como não matam 100% das bactérias, as remanescentes tornam-se imunes e multiplicam-se em Seleção Natural. Sendo assim, esse mau hábito contribui para uma recidiva e o surgimento de superbactérias letais como a KPC. Portanto, como garantidor de direitos sociais básicos, cabe ao Estado erradicar esse mal com políticas de conscientização e universalizando o atendimento médico. Tais ações devem ser feitas pelos órgãos de saúde, através de visitas domiciliar de seus agentes e a construção de mais unidades de pronto atendimento com profissionais aptos a atender à grande parcela da população desinformada e necessitada.