A automedicação tem se tornado uma tarefa diária na vida dos brasileiros. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o indice de consumo desenfreado de medicamentos, chás, xaropes (industrial/caseiro) sem uma prescrição médica tem aumentado. Não se sabe ao certo o porquê deste crescimento, acredita-se que os comerciais tem induzido cada vez mais a automedicação, para um sintoma que mal apareceu. Ao primeiro sinal de dor, a avó é “acionada” para passar a receita do ‘chá cura tudo’, ou, um rápido SMS é enviado para aquele amigo, solicitando o remédio que dias atrás ele usou ao sentir a ‘mesma dor. Os especialistas estão sendo procurados apenas quando a dor já não é mais suportável e infelizmente é ai que mora o erro. Ao ingerir tais drogas sem saber a real situação , algum microrganismo de defesa seja ele bom ou ruim será alimentado, e terá suas reações, podendo ser fatais. Muitas ações já foram tomadas para que a população se conscientize do perigo que acompanha a ingestão de drogas sem prescrições, mas elas não foram suficientes. É necessário mais que uma retenção de receita, um comercial informando que determinado medicamento pode trazer riscos, e o vendedor da farmácia se recusando a indicar a medicação, a OMS juntamente com os médicos e farmacêuticos do Brasil, devem criar um sistema interligado as farmácias, onde poderão conscientizar a população , através de campanhas, triagens e acompanhamentos semestrais, alertando sobre a fatalidade que o uso indiscriminado de fármacos traz. A venda dos antinflamatórios de prateleira só poderá ser feita após uma triagem com o farmacêutico, onde este fará uma via para o cliente constando ciência, e outra será encaminhada à ANVISA para posterior controle. São intervenções pequenas, mas que poderão desacelerar o crescimento da automedicação no Brasil.